SOLIDÃO? JAMAIS!
A SOLIDÃO NÃO PODE DECIDIR POR VOCÊ
Com 105 anos de idade, um centenário bom velhinho de Belo Horizonte(MG), viúvo há 15 anos, está à procura (hoje, 27/05/2011) de uma nova companheira. Exigente, professa que as candidatas – cinquentona, no máximo – não tenham por hábito (ou vício) fumar, beber ou gostar de jogos de azar.
A filha, solteirona de 63 anos, espera ansiosamente que o pai tenha sucesso em sua procura; assim, diz ela, terá mais tempo para passear, e, quem sabe, encontrar o tão sonhado amor de sua vida.
Quando se lê nos jornais uma notícia diferenciada (termo da moda), à primeira vista diz-se que o amor não tem idade, ou para o amor não há limites de idade, ou, ainda, ninguém tem nada com a idade, o desejo e o sentimento dos outros. É bem por aí.
Contrastando, outros diriam que as diferenças de idade, no caso, são gigantescas, e, muito provavelmente, não haverá relação que perdure. Entre um homem de 80 anos e uma mulher de 50, ou vice-versa, 30 anos podem não representar tanto. Os mesmos 30 anos de diferença podem e representam consideravelmente bem mais, quando um tem 60 e o outro 30, e, absurdamente mais ainda, quando os nubentes tem 50 e 20 anos. Cada caso é um caso, cada nubente é um nubente, só não venham chorar o leite derramado, ou, na pura inocência da ironia, gritar: ninguém me avisou!
Que ninguém quer viver sozinho é fato, embora tenha aumentado sobremaneira nos últimos anos o percentual de pessoas solitárias, sem companheiros ou sem companhia. A própria medicina não recomenda, quando publica que solitários tem maior propensão a doenças cardíacas. A solidão adoenta mais rapidamente, homens e mulheres. Menos prazer e saúde, mais dores e tristeza. Fazer o que! Sair à cata de um alguém qualquer, às escuras, parece não ser a solução. Praticar o darwinismo – a seleção de espécies – tem sido para muitos a fórmula prática de combate à solidão. Quer dizer, ou você se acostuma com ela, com criatividade e tolerância, ou se enturma, com erros e acertos da socialização. Pelo sim ou pelo não, reserve-se o direito inalienável de não permitir que os outros decidam o que você deve fazer.