Tudo tem um propósito.

Nem sempre sabe-se qual é o motivo de algumas coisas acontecerem, nem sempre se dá o devido valor às coisas que acontecem, mas nada, absolutamente nada, acontece por acaso.

Em todos os momentos que se cria ou se espera há um propósito, em algum momento se descobre qual é esse propósito.

Pode-se dizer que "aconteceu para que amadurecesse", ou "para que acordasse", ou até "para que aprendesse o que é sofrer".

O momento nem sempre chega quando se idealiza, demora mais ou menos, dependendo da intensidade do que se sente e do desejo de que aconteça. Também pode não acontecer e deixar vazio um espaço que poderia ser preenchido com uma plenitude descabida, alucinante e deliciosa.

O acaso, às vezes, recebe a culpa sem merecê-la, ele nunca é o vilão da história, se existe um; é justamente quem coloca a culpa nele.

Pensar muito antes de agir, talvez seja o pior mal da humanidade.Se todos fossem irracionais e seguissem seus instintos mais animais, não teria tanta gente frustrada, não haveria traição, pecado, culpa... ou até medo, a lei do mais forte é pra quem pode.

As "Balzaquianas" não se sentiriam tias de ninguém, e nem se achariam ridículas em determinadas situações, não haveria a monogamia, e ninguém sairia prejudicado, ou se sentiria culpado por foder alguém e realizar as vontades mais prementes dessa pessoa.

A luxúria não seria um pecado capital, os cabelos serviriam de arreio para as cavalgadas mais deliciosas e tudo seria lícito, todos seriam livres para fazer o que bem entendessem no momento que bem o quisessem. Ciúme? O que é o ciúme senão um sentimento ridículo de posse?

Ninguém é de ninguém e as pessoas não se dão conta disso por apostarem numa sociedade falida, com tradições mais falidas ainda. De dia todos perfeitos, à noite todos podres e pervertidos vivendo de acordo com as vontades e nem sempre podendo saciá-las, se acabando em bebida e cigarros, matando a si próprios aos poucos, acreditando que assim matam o desejo, mas ele nunca morre...

Isabel Cristina Oller
Enviado por Isabel Cristina Oller em 05/07/2011
Código do texto: T3076724
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