O básico da vida
O que viria a ser o básico!. Certamente teria respostas semelhantes para esta pergunta, uma casa, um carro, um emprego melhor, saúde, uma boa aparência e como não poderia deixar de aparecer o amor, que em sua presença traz alegria e em sua falta muita dor.
Mas será que gostamos mesmo do “básico”!. Se pensarmos bem, somos sempre atraídos pelo que chama a atenção do mundo à prova disso seria o sucesso dos realits shows, que acaba tornando anônimos em estrelas, com seus 15 minutos de fama.
Desde crianças buscamos a tão disputada atenção de nossos pais, avos, tios e até mesmo desconhecidos. Choramos, gritamos, corremos, fazemos inúmeras perguntas, tudo em busca do nosso desejo maior chamar, a atenção dos que nos rodeiam.
Algumas pessoas partem do principio de que falem mal, mas falem de mim, sem se preocupar em serem amadas ou idolatradas pelo resto do mundo, elas preferem ser odiadas a serem desprezadas ou esquecidas.
Várias são as nossas táticas para ter a atenção do outro, somos capazes de procurar doenças para termos o prazer de ouvir alguém perguntar como nós estamos!. Essa seria a explicação mais óbvia para gostarmos tanto de ir ao médico, visto que naquele momento mesmo que por pouco tempo, temos a atenção voltada apenas a nós.
Nas relações familiares os filhos são mestres em chamar a atenção dos pais. Já os pais não conseguem se quer saber se o filho fez a última refeição, pois dificilmente ele os ouve, mas pais não de desesperem ao se depararem com o primeiro problema esse jogo vira, faz parte.
Seria sábio dizer então que ninguém suporta ser completamente anônimo. Afinal o que todos queremos da vida além do básico é o bem maior, sermos notados pelos que estão a nossa volta e por que não nos mantermos notados.
Por Ana Paula Xavier