Deixar Ela Partir

Vou deixá-la ir, como tudo que veio e precisou partir.

Ela é como o vento, por isso, não posso, por mais que eu queira, segurá-la nas minhas mãos. Por isso decidi abrir a janela, e deixá-la ir.

Queria ser diferente. Gostaria de continuar com ela, presa, cantando só para mim. Porém, aprendi que as coisas não podem ser eternas assim.

Eterno é o canto do pássaro lá fora, a rosa desabrochando no mato, a brisa morna do entardecer. Morto em vida é o pássaro preso na gaiola, a flor no jarro e o vento dentro de uma garrafa vazia.

Vou deixá-la ir, assim que eu aprender como libertar o vento, como não arrancar a flor do jardim, como não aprisionar o canto do pássaro...só pra mim!