AMIGO ELITIZADO



Conheci virtualmente um escritor português. Ótimo, em minha opinião, apesar de não gostar muito do gênero de sua escrita. Ele escrevia com pessimismo maior que o existente em meus textos lúgubres da época e isso me amedrontava.
Graças a um desafio feito por ele, escrevi OUTRA FACE, altamente pessimista, imitando seu jeito de escrever. Gostava dele literariamente. Conversávamos vez por outra no msn. Foi por força dessa amizade, que publiquei três textos na REVISTA VIRTUAL MINGUANTE, que infelizmente, foi deletada.
Fato é que ele sempre me dizia das dificuldades em publicar algo e eu o animava, dizendo que ele tinha dois fatores que favoreciam: juventude e talento!
Bem, encurtando a história, ele publicou muita coisa na MINGUANTE e lançou livros. Seus contatos com a amiguinha que ora escreve, foram escasseando, por ocasião da primeira publicação.
Depois sumiu de vez... Elitizou-se!
O amigo cheio de medos de plagiadores e incertezas a respeito da carreira transformou-se num escritor de fato. Com autógrafos e tudo. Aí se esqueceu da amiga brasileira...
Estou começando a pensar que o mesmo ocorre outra vez... Há muitos outros por aqui que seguiram comigo mesmo sabendo de minhas deficiências literárias e estão agora ficando notórios...
Estão dispensando minha presença virtual...
São “destroços do edifício” ou “ossos do ofício”...
Fazer o que?
Há um pouco deles em mim... Talvez haja um pouquinho de mim neles também!
Acabo me adaptando...
INEZTEVES
Enviado por INEZTEVES em 04/07/2011
Reeditado em 18/08/2015
Código do texto: T3073747
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