INCLUSÃO OU EXCLUSÃO?

Como sempre, sábado é dia de filme. Hoje escolhi O MEU NOME É RÁDIO. Bem não teve jeito, tudo que ando pensando ultimamente veio a tona...O filme baseaddo em história real, mostra a realidade, a discriminação, a rejeição e a EXCLUSÃO para com as pessoas que tem problemas mentais. Não podemos tirar-lhes o direito a uma educação e um tratamento adequado. É preciso além de nova postura, uma estrutura justa, profissionais preparados, patrimônio humano qualificado.

Não precisa ser doutor em INCLUSÃO para saber que as escolas regulares não estão aptas e nem possuem pessoas disponíveis para essa construção de sociedade diferente necessária.

Essa forma distorcida que estamos vivendo nas escolas é uma "fuga econômica" governamental?

Escola pública tem que rever seus conceitos x os governos tem que rever seus investimentos.

As instituições não governamentais continuarão seu projeto de incluir vida aos deficientes e nós devemos buscar o mais urgente possível qualificação e infraestrutura física e humana para o trato e manejo educacional enquanto o tema em debate esta no clímax.

No filme, o personagem interpretado pelo excelente e lindo ator Cuba, chamando de Rádio, é portador de deficiência mental, não emocional.

De tímido, desconfiado, atormentado, praticamente incomunicável, à um exemplo de vida para a comunidade onde vivia.

O treinador, técnico como queira, que trabalha numa escola com alunos regulares encom um time de futebol, revive a incapacidade, quando lembra não ter conseguido ajudar uma criança (deficiente) que vivia enjaulada. Agora tem uma nova chance, toma uma decisão diferente e não quer repetir essa atitude com esse rapaz.

Ele é capaz de superar todo esse conflito interior, esse sentimento de culpa e aceita Radio.

Cria um ambiente sociável,enfrenta o sistema, demosntra coragem, medo, dúvidas mas segue em frente e seus alunos, a comunidade escolar e as pessoas da cidade acabam aprendendo a aceitá-lo também, mesmo com suas dificuldade e deficiência mental. Ele na sua forma de ser sabe ser últil ao mundo. Faz difernça na história da vida. "ENSINA MAIS QUE APRENDE".

Seu desenvolvimento,passa por revolução de sentimentos,proteção,segurança,amizade. Tudo flui.

Uma forma de vida nova surge para ambos.

Todos ganham quando a palavra de ordem é compreensão, aceitação e superação de limites internos.

É preciso prestar atenção nas pessoas a sua volta, protegê-las, cuidadar delas, não exigir mais do que elas podem oferecer, evitar a crítica, a punição, demonstrar atitudes de coragem, inclusão de bem estar emocional.

Vencer a disputa consigo mesmo, a exclusão emocional e o individualismo, criará uma sociedade mais saudável e equilibrada.

A escola, a família são estruturas socializadoras, acabam sendo a única chance de uma pessoa com deficiência mental ter uma vida tranquila, produtiva, comum .

Aos poucos, a escola, a familia e a sociedade vão aprender que tudo que aí está é fruto de ações e reações.

Que profissionais são necessários hoje dentro de uma escola?

A escola é uma sociedade em miniatura?

Tudo que aí esta é fruto do que plantamos.

Não adianta nada ser contra sem SABER PORQUE É CONTRA.

O QUE fazer? COMO AGIR? COMO REAGIR?

Professores, pais,agentes sociais, terapeutas, psicólogos, neurologistas e psiquiatras devem unirem-se em busca de uma construção de um mundo diferente.

Os deficientes não são uma ameaça e nem um grande problema social.

É preciso aceitar, corrigir o que há errado em nós, no trato com os portadores de necessidades especiais.

Temos de educar de forma humana, responsável, AFETIVA e EMOCIONAL para que futuramente possamos viver de forma mais solidária e harmoniosa.

JUREMA MENDES DE SOUZA

Nova versão em 02-07-2011