TERTÚLIA DA PRIMAVERA
Crónica
de
Assis Machado
Numa tarde calma, todavia um pouco nublosa, do dia dois de Abril , no Auditório de Carlos Paredes, em Benfica, mais uma vez aconteceu Tertúlia Poética. Como sempre muito dinâmica e alegre, convencionamos chamar-lhe DA PRIMAVERA. A assistência, que acorreu como sempre em número apreciável, aderiu entusiasmada ao nosso clima de animação.
A Tertúlia teve o seu começo com a interpretação do seu Hino “Bocage Sonhador”, acompanhado à viola pelo autor da música, fazendo-se justa homenagem ao seu patrono Elmano Sadino.
Actuou em primeiro lugar o actor Mário Jorge que com toda a competência declamou dois poemas de sua autoria. Seguiu-se a actuação, sempre com alto brilhantismo, de América Miranda com duas poesias, uma de Mário Sá Carneiro e outra de sua autoria. Uma e outra muito aplaudidas. De seguida entrou em palco um dueto que foi uma das revelações da temporada tertuliana. Trata-se do casal, sempre presente, Graciett e Domingos Vaz. Interpretando dois temas em dueto, com muito acerto, fizeram jus à sua origem alentejana – condição e desempenho muito apreciada pelo público. Actuaram, de seguida, os poetas Amélia Marques e Frassino Machado que, com poemas de sua autoria, foram muito aplaudidos.
Seguiu-se o primeiro momento musical protagonizado pelo cantor e poeta Humberto de Castro que, com recurso de playback , muito animou a assistência e foi apreciado por todos. Depois evoluíram no palco, declamando com mestria poemas diversos, Celeste Reis, Eugénia Chaveiro e Domingos Vaz, que foram efusivamente aplaudidos. Depois foi a vez de entrar em palco o cantor Francisco de Assis que, de sua autoria, interpretou duas canções alusivas à época. Agradou ao público já que este não lhe regateou os seus aplausos.
Entraram seguidamente em palco, para declamar poemas, Perpétua Matias, Custódia Pereira e Graciett Vaz, cujas actuações não defraudaram as expectativas de toda a gente. Antes pelo contrário, todo o público reconheceu e aplaudiu. De novo América Miranda, com a sua prestação de declamadora exímia, fez a delícia de quem não se arrependeu de ter estado presente. Foi, de facto, brilhante. Seguidamente tanto Humberto de Castro como, de novo, Francisco de Assis, cantaram com apreço cada um sua canção que, como se depreenderá, foram muito aplaudidos.
Finalmente teve lugar a festiva e folclórica actuação do Grupo Cultural de Danças e Cantares da Associação de Reformados de Benfica que, durante cerca de vinte e cinco minutos, deram vida a toda a assistência presente. Com palmas e cantos toda a gente participou enquanto estes talentosos reformados com ar primaveril evoluíram sobre o palco.
América Miranda encerrou o evento sublinhando o alto e digno significado de que todos estes actores deram provas e fazendo votos que continuem a abrilhantar cada vez mais estas Tertúlias.
Assis Machado