MUNDO VIRTUAL. CUIDADO...

Uma irrealidade? Uma potencialidade? Um vir a ser?

Se formos pesquisar sobre o que seja mundo virtual teremos surpresas, principalmente semânticas. Mesmo os dicionaristas ligam esse mundo ao “que constitui uma simulação de algo criado por meios eletrônicos”, falo dos excelentes dicionaristas, de ponta.

Seria um “preciosismo modernoso”....

Mas virtual é o que existe somente em potencialidade ou como faculdade, não como realidade, com efeito real. Essa sua origem etimológica e semântica, etiológica. Vemos nesse contexto a similaridade com o que ocorre.

Trata-se de algo latente, virtual, possível, mas não real.

Se olharmos verdadeiramente a situação REAL em que vive a virtualidade, nada mais que isso é preciso acrescer.

O computador quando entronizado em hábitos por seus diversos usos trouxe um outro enfoque, a utilidade real para atividades múltiplas.

Se ficarmos obediente ao que significa o vocábulo, afastando-se o computador das utilidades em que serve às profissões, é pura virtualidade, potencial, pois, O MUNDO VIRTUAL. Isto em tudo e por tudo. E o fato consuma-se para quem queira enxergar.

Tornou-se veículo de conhecimentos potenciais e especializados não confiáveis, amizades potenciais, reconhecimentos potenciais, méritos potenciais, potencialidade em geral, quando não se presta como instrumento das profissões. É UMA REALIDADE O QUE NÃO SE VÊ NEM TEM CREDIBILIDADE CONVENCIONAL? O QUE NÃO SE PROVA, O QUE NÃO SE AUTENTICA, O QUE É VERDADEIRO OU NÃO, O QUE É CONTRAFAÇÃO OU ORIGINALIDADE, ADMITE-SE COMO BOM E CERTO?

OS INTERLOCUTORES SE CONHECEM VERDADEIRAMENTE? OS "PROFISSIONAIS" QUE "ENSINAM" SÃO PROFISSIONAIS? OS TEXTOS SÃO CÓPIAS DISFARÇADAS, MAL DISFARÇADAS MUITAS VEZES, OU PARTIRAM DA CRIAÇÃO DE SEUS "AUTORES"?

Um enorme universo difícil de ser "verdadeiro"......

Se destaca o computador para essa ‘virtualidade” em que vive um mundo imensurável, impossível de medir.

Nada é “pastoso” ou maçante para a virtualidade, digere-se tudo todo dia na mesma coisa, "QUE COISIFICA", muitos se entregam a ela, à "máquina" ( e viram máquina ou já eram...), em horário integral, total falta de sensibilidade para o mundo em suas ofertas, e o fazem de dia e de noite, pessoas que eram sadias e viviam uma vida normal passaram a existir como pessoas virtuais. Ao medíocre a natureza concede a mediocridade.

Não me refiro aos doentes que ficam presos em suas casas, reclusos, segregação absoluta, por não poderem sair, por fobias, doenças impeditivas de locomoção e outras sequelas já antecedentes. Nesse caso não foi um encarceramento forçado, mas condição patológica já existente, o que compreende-se.

Nestes casos o computador foi remédio e restrita salvação terapêutica, ocupação para quem não a tinha, ajudando-os sem curá-los. Muitos carentes, passaram "virtualmente" a serem “gênios” da literatura para meia-dúzia de outros “gênios” que trocam elogios que não levam à cura, mas confortam "egos" gigantes e paradoxalmente anãos e "ïds" escondidos. E isso é bom.....

Tirando os comprometidos, é preciso estar alerta para condicionamentos viciosos, até porque tudo que é repetitivo e rotina só serve aos embotados e limitados em inteligência, discernimento.

O mundo virtual latino, “virtualis”, de “virtus, virtutis”, pode ser também força corporal, ânimo, denôdo.

Que os habitantes do mundo virtual se preocupem com o real….também. E tentem viver uma vida melhor e mais verdadeira.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 02/07/2011
Reeditado em 02/07/2011
Código do texto: T3070528
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