Uma Noite, lá em Casa

Quando chego do trabalho, já com cara de doente, reclamo bastante do salário, do patrão, do tráfego, de como estava cheio o banco.

Jogo-me no sofá, abaixo a televisão e começo com a minha cantilena preferida: o dinheiro não vai dar para pagarmos as contas.

Ela, então, com sutileza,

diz que é para eu vir pra mesa,

que eu me esqueça da despesa

e procure me alimentar.

Ou me explica, com cuidado,

que é melhor deixar de lado.

E me aponta o ensopado

pra comer senão vai esfriar.

Aluizio Rezende
Enviado por Aluizio Rezende em 01/07/2011
Código do texto: T3068046
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