A MULHER E O JARDINEIRO
Eu plantei os bulbos e trago as unhas lavadas, manchadas com restos de terra presos, difíceis de sair.
Esta tarefa foi um ensinamento de alguma coisa, que ainda não deslumbrei. Escrevendo, descansando daquela posição agachada para o plantio, ao nível do chão, tenho certeza que a luz do entendimento virá.
É só dar um tempo. Eu sou tão bulbo quanto eles, só que já fui plantada, já dei folhagem e flores.
E já fui reaproveitada algumas vezes, do mesmo modo: as flores chegam ao seu ponto de beleza e exuberância, suas hastes tombam até secarem, a terra seca, mas os bulbos estão lá com suas raízes guardando vida, essência, mudança, cuidados, tempo, trabalho e renovação.
São etapas da vida.
Quantas vezes já flori?
Só um jardineiro ou um psicólogo saberia me dizer.
Mas eu, como o bulbo, guardamos o mistério do que não sabemos.
Assim é a mulher, ela é obra de Deus, nascida da semente de um homem e do óvulo de uma mulher ela vai se transformando em um feto, um embrião, em crescimento. Se o meio é saudável, tipo terra boa chegará o dia em que brotará como um bebê que, dependendo dos cuidados recebidos, percorrerá muitas etapas de transformação.
Os bulbos plantados são enormes, robustos, e já despontaram os avisos que querem nascer. Querem vida própria.
A menina, a mulher é parecido. Umas querem amadurecer e produzir antes da hora, não esperam amadurar o tempo certo. E, ainda, sem a completa formação, correm o risco de se tornarem doentes, mal formadas, feias, nocivas e relegadas ao lixo, ao rejeito.
Os bulbos que plantei hoje me parecem que se antecederam e, para salvá-los tratei de plantá-los em terra fresca e drenada, mas neste calor infernal, não serão tulipas exuberantes, vermelhas, lindas, pois não esperaram a primavera, o tempo certo.
Isto dói dizer, mas temo sim.
Mas, como tudo na vida, com todo o seu mistério, que somos surpreendidas e, uma menina-mulher que parecia “feia” vira uma “preciosa bela mulher”.
Este texto está me comovendo, pois a flor e a mulher são muito parecidas.
E não podem ser tocadas por qualquer mão.
Só um jardineiro que ama a terra,
Que ama a flor e
Que ama a mulher
Tem mãos para tocar a mulher.
Eu plantei os bulbos e trago as unhas lavadas, manchadas com restos de terra presos, difíceis de sair.
Esta tarefa foi um ensinamento de alguma coisa, que ainda não deslumbrei. Escrevendo, descansando daquela posição agachada para o plantio, ao nível do chão, tenho certeza que a luz do entendimento virá.
É só dar um tempo. Eu sou tão bulbo quanto eles, só que já fui plantada, já dei folhagem e flores.
E já fui reaproveitada algumas vezes, do mesmo modo: as flores chegam ao seu ponto de beleza e exuberância, suas hastes tombam até secarem, a terra seca, mas os bulbos estão lá com suas raízes guardando vida, essência, mudança, cuidados, tempo, trabalho e renovação.
São etapas da vida.
Quantas vezes já flori?
Só um jardineiro ou um psicólogo saberia me dizer.
Mas eu, como o bulbo, guardamos o mistério do que não sabemos.
Assim é a mulher, ela é obra de Deus, nascida da semente de um homem e do óvulo de uma mulher ela vai se transformando em um feto, um embrião, em crescimento. Se o meio é saudável, tipo terra boa chegará o dia em que brotará como um bebê que, dependendo dos cuidados recebidos, percorrerá muitas etapas de transformação.
Os bulbos plantados são enormes, robustos, e já despontaram os avisos que querem nascer. Querem vida própria.
A menina, a mulher é parecido. Umas querem amadurecer e produzir antes da hora, não esperam amadurar o tempo certo. E, ainda, sem a completa formação, correm o risco de se tornarem doentes, mal formadas, feias, nocivas e relegadas ao lixo, ao rejeito.
Os bulbos que plantei hoje me parecem que se antecederam e, para salvá-los tratei de plantá-los em terra fresca e drenada, mas neste calor infernal, não serão tulipas exuberantes, vermelhas, lindas, pois não esperaram a primavera, o tempo certo.
Isto dói dizer, mas temo sim.
Mas, como tudo na vida, com todo o seu mistério, que somos surpreendidas e, uma menina-mulher que parecia “feia” vira uma “preciosa bela mulher”.
Este texto está me comovendo, pois a flor e a mulher são muito parecidas.
E não podem ser tocadas por qualquer mão.
Só um jardineiro que ama a terra,
Que ama a flor e
Que ama a mulher
Tem mãos para tocar a mulher.