COMO CONHECER DEUS?

Vários caminhos levam a Deus. Muitos outros Dele se distanciam.

Por quê? Ninguém gosta de tatear no escuro para encontrar a porta. Sérias dificuldades se acumulam. Tropeços e obstáculos surgem.

Tudo é mais simples se há simplicidade, e nada mais do que simplicidade é necessário para compreendermos o maior fundamento de Deus, o movimento.

Não há ser vivo sem movimento, e o movimento inicial precisa de um motor que o movimente.

Mesmo os minerais se movimentam, muito lentamente, mas se movimentam. É um movimento que não se enxerga,se forma por vários processos, inclusive e muito por sedimentação, mas por origem também.

As rochas compostas de silício e oxigênio constituem o material básico da Terra. Rochas ígneas, sedimentares e as metamórficas. Ígneas, de origem vulcânica, compostas de material incandescente petrificado.As rochas originalmente têm origem ígnea, e sedimentares formadas pela acumulação de sedimentos.

O manto é uma grossa camada rochosa, com cerca de 2900km de espessura, envolvendo o núcleo, maior porção da massa terrestre. É formada principalmente por silício e magnésio. Sua consistência é pastosa e está em constante movimentação.

Estamos diante do movimento que não se vê. O movimento dos vegetais a câmera em lentidão nos mostra, enxergamos.

Deus está em movimento sempre, em nosso interior, pelo sentimento, e pela razão, no movimento da natureza que a inteligência pode perceber.

São Tomás de Aquino nos coloca pelas suas conhecidas “cinco vias” diante de Deus pela razão, pela racionalidade, pelo movimento.

É assimilado em sua lógica por ter entronizado Aristóteles no cristianismo da mesma forma que Santo Agostinho fez com Platão. O catolicismo aceitou seu pensamento escolástico. Tomás de Aquino, demonstra, como podemos conhecer Deus pelos seus efeitos, ele é o último (primeiro em digressão) em uma escala evolutiva, a causa de todas as coisas. É a metafísica aristotélica baseada na biologia, e principalmente no movimento do planeta.

“O movimento teve sem dúvida uma origem”, diz Aristóteles. E é enfático em sua lógica, que a tudo preside, no sentido de que se não quisermos recuar sem fim temos de admitir um primeiro motor. Se convence assim com indiscutível acerto e de forma irrespondível da existência de um “ser incorpóreo, indivisível, sem tamanho, sem sexo e sem sentimentos, imutável, perfeito e eterno”, um primeiro motor imóvel, “primum mobile immotum”.

Que seja esse Ser o que queiram, o“bing bang”, a iniciação de vida de alguma forma, iniciação essa que nenhuma inteligência por mais primária seja pode recusar motorização, energia para começar um movimento, no caso a vida, a criação. Para criar há de existir movimento, o verbo traz ação, causa e efeito.

O Deus imóvel de Aristóteles não tinha movimento, mas era romântico e já sinalizava o ensinamento do Filho de Deus que por aquí passou, movimentaria o mundo seu Deus através do amor, sob esse conceito que emitiu: “Deus move o mundo como o objeto amado move quem o ama.”

Tomás de Aquino tira o Criador dessa imobilidade que era só essência para Aristóteles dando vida à sua própria lógica, a lógica do movimento, da criação, não há efeito sem causa, e essa grande e maior causa, esse movimento tem um nome; DEUS, o “Actus Purus”.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 29/06/2011
Reeditado em 23/01/2014
Código do texto: T3064975
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