Cortejo funebre
La vem o cortejo fúnebre,
Mulheres chorando e crianças gritando
La vem o cortejo, Triste e desolado
Pois mais um foi assassinado
Um mero cidadão
Que foi morto, Com as calças na mão
Em frente à casa numero zero
Na Rua do João bobão
La vem o cortejo fúnebre
Levando nas mãos
Seu José Anônimos de Souza Ninguém
O vulgo Zé ninguém
Jogado de lado
Por um congresso desalmado
La vem chegando o cortejo
Frio e calculista levando mais um artista
Para o fim daquela vida
Artista por ter um salário que é minúsculo
Por ter um enterro injusto
Quando o congresso enterra os seus
No dinheiro dos juros de plebeus como eu!