SOBRE A FOME

Apesar de tanto alimento que é produzido no globo terrestre, existe escassez de alimentos. Enquanto uns tem demais, outros de menos. Uns morrem por excesso, outros por falta. Por quê? Surpreende-me alguns fatos. Enquanto nos países não desenvolvidos há subnutrição e elevado número de mortalidade infantil, por carência alimentar, nos desenvolvidos e tidos como de primeiro mundo as principais causas de morte decorrem de excesso de alimento.

Isso é manifesto no elevado índice de óbitos causados por diabete, colesterol, AVC (acidente vascular cerebral) e todos os problemas cardiovasculares, notadamente o infarto do miocárdio. Parece que os que têm maior poder aquisitivo pagam o preço de não dividir os seus excedentes com aqueles que precisam de um pouco mais.

Segundo pesquisas veiculadas na mídia televisiva, quando há maior ganho salarial aumenta também o consumo de proteínas da carne, e, quando esse ganho diminui as pessoas se alimentam de alimentos mais pobres, principalmente as de menos poder aquisitivo.

Isso depois vai refletir-se nos problemas de saúde, principalmente no infantil, já que as crianças precisam de alimento de boa qualidade para formação da sua estrutura orgânica.

E apesar do avanço científico no conhecimento da funcionalidade do organismo humano, a humanidade ainda se alimenta mal, na quantidade, qualidade e frequência, ou seja, o número de vezes em um dia. Isso tem levado a humanidade, principalmente nos países ricos, a um peso acima do que é considerado ideal por agentes de saúde.

Mais existe um alimento que também tem sido incorretamente usado, e mal administrado por seus preparadores e fornecedores, e que, como consequência, levará muitos a morte, se não no presente, no porvir sim. Falo da palavra de Deus, que apesar de ser abundante nos nossos dias, tem sido incorretamente dada, e também sonegada por aqueles que são responsáveis pela sua distribuição. Diz Deus pelo profeta Amós que virão dias em que haverá fome, mas não de pão, e sede não de água, mas de ouvir a palavra de Deus; que os homens irão de mar a mar, do oriente até ao ocidente em busca da palavra de Deus e não vão achar.

Aliás, eu vejo a falta de sabedoria e ciência para uma correta alimentação o fato de o homem não conhecer as instruções de Deus, principalmente a relativa a sua lei, a qual, quando obedecida, propicia sabedoria para uma alimentação saudável. Não é por acaso que os membros de uma religião, que ensina aos seus membros a se absterem de determinados alimentos, vivem até quinze por cento mais que os demais cidadãos nos EUA – Estados Unidos da América.

Portanto, se faz necessário que pensemos mais profundamente sobre o tema, e busquemos reavaliar nossos comportamentos. Pois, talvez, o comer como hoje se faz, por prazer e nem sempre por necessidade, pode encurtar os anos da existência, tanto quanto a falta de alimento. Isso deveria ser uma questão de saúde e de segurança alimentar, pois se o governo tivesse uma política pública para isso, com certeza não haveria esse caos na saúde, já que diminuiriam os problemas de saúde, e, consequentemente, de internações e perdas por afastamentos do trabalho por doenças. As pessoas seriam mais felizes, haveria menos conflitos e menos óbitos prematuros.