É obra do destino?

Você acredita em destino? Sim?! Não?! Pois bem, impossível afirmar se tudo o que acontece no decorrer de nossas vidas é mesmo obra do destino ou é somente acaso. Aos que acreditam que tudo é obra de Deus, que ele quis assim e assim tinha de ser, se tiver que ser será em fim. Nunca parou e pensou? Qual a graça de viver uma vida que esta predestinada, já está escrita em algum livro sagrado, guardado em sua biblioteca pessoal, no qual ele lê e reescreve no decorrer de seus dias lá no céu.

Marcos é um cara bacana, elegante, trabalhador. Seria mesmo seu destino, conhecer uma bela pessoa, namorar, casar-se, ter dois ou três filhos, construir um belo lar, estabilidade profissional, ter uma vida tranqüila que todos sonham em ter. E de repente como num virar de paginas os negócios já não vão bem, as contas começam a surgir e com elas as brigas começam e a bela família feliz já não existe mais. E pra finalizar o divórcio, cada um ao seu canto, e tudo o que foi construído junto é divido em partes, a mãe fica com os filhos, com a casa e parte da mobília, o pai fica com o carro, alguns móveis, e com o dever de todo mês depositar a pensão das crianças, que não tiveram nada a ver com a separação dos dois. Ainda assim você acha que tudo foi capricho do destino, que tinha de ser assim e que seria o melhor para ambos. Bom se seria o melhor pra eles só o tempo pode dizer.

Mas num belo domingo de sol Marcos resolve ir à praia para se distrair um pouco, está calor, um ótimo dia de praia, ele chega à praia, passa protetor solar, curte um pouco o sol maravilhoso que faz, observa as belas mulheres que se bronzeiam e então decide entrar no mar, lá vai ele se refrescar naquele mar um pouco poluído, água nao tão azul como deveria, mas ele continua, mergulha. Ensaia algumas braçadas, para ergue-se, sorri e continua, mas o que ele não contava é que lá no livro dos destinos onde estava escrito tudo a seu respeito, desde que nasceu, sua infância, adolescência, até mesmo seu casamento que não dera certo. Tudo escrito em detalhes, até mesmo que ele nunca aprendera a nadar, naquele momento, enquanto brincava, teria uma terrível câimbra, mas tão terrível que ele começara a se debater, as ondas o arrastavam para dentro do mar, engolia muita água, se conseguir respirar. Perdeu completamente as forças e o pior, afogou-se. Os salva-vidas o resgataram já sem vida. Marcos deixa agora três filhos sem a pensão que recebiam todo mês e pela ordem natural uma boa parte da vida que teria direito.

Como foi injusto o destino de Marcos, que primeiro destrói seu casamento, depois tira sua vida com uma morte trágica. Mas será que foi mesmo o destino que reservou esta morte a ele ou foi porque ele não sabia nadar?

Se o destino de cada um vem a ser tão detalhado em um livro lá na biblioteca de Deus, não estaríamos agindo de forma erronia ao julgarmos uma pessoa que mata, que rouba, que faz coisas inaceitáveis a sua concepção? Afinal estava escrito que certa pessoa tinha de matar outra .

Em meu ver o destino foi criado por nós mesmos para tentar justificar certas atitudes, que tomamos ou que não tomamos perante o que ocorre em nossas vidas. Culpar o destino é o mesmo que ser reticente. E quantas vezes somos reticentes ao longo da vida quanta coisa deixamos de fazer por pensar que o que tiver de ser será, quantas oportunidades perdidas, amores rompidos por esse comodismo de pensar que as coisas aconteceram por estarem escritas. Que não percamos mais tempo esperando pelo destino e façamos acontecer agora, porque a vida é agora.

GiullianoBoya
Enviado por GiullianoBoya em 27/06/2011
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