HÁ TEMPOS
Há tempos não se escrevem cartas, agora só scraps.
Há tempos não se conversa sobre coisas variadas. Os assuntos restringem-se. Ficam cada vez mais localizados neste mundo globalizado.
Há tempos (muitos) não se olham. Agora, relações virtuais. Mais seguras, muito mais seguras em tempos pós- AIDS.
Tenho refletido sobre as relações contemporâneas. Amor, amizade, trabalho. Porque tenho a sensação de que temos cada vez menos tempo para o ócio? (Obs. Lembrar de ler Domenico de Masi).
Desta forma, tentarei desplugar mais as coisas. Uma vida acústica ainda é uma boa saída.
Há tempos o encanto está ausente e há ferrugem nos sorrisos... (Alguns poetas deveriam ser eternos, você não acha?).
Por isso, sorria, meu bem. Mesmo aí distante eu sei que você olha por mim... Meus poemas continuam tendo você como musa. Minhas horas de folga são suas. E o mundo a gente constrói aos poucos (mesmo que seja nos finais de semana!)
Tudo muda. Tudo sempre mudará.
wallace puosso, outubro de 2005
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