PARANÓIA.

A paranóia em querer aparecer a qualquer preço, doença, delírio sistematizado, está visível na internet de forma surpreendente, pois nos “pega pelo pé” na surpresa., chega a chocar.

Podíamos chamar a internet, esse grande veículo da comunicação que a mudou de maneira gigantesca, de grande laboratório psiquiátrico. Mas certos loucos não são de todo conhecidos. Suspeita-se que há deficiência, não em quais projeções.

Quem se pensa ser pessoa razoavelmente sadia, é, por vezes, paranóica. Frequentadores da internet mostram de vez o que supunhamos; são paranóicos, altamente doentes.

As deficiências, que de formas diversas são aparentes, como fraquezas humanas compreensíveis, medo, agressividade covarde, aparecem integralmente em “delírio sistematizado”, paranóia.

Ontem, em um canto da internet, com outro email e nome diverso, lógico, constatei o fato de quem fez um trabalho, dizer qual o motivo, injustificado, de não ter tido sucesso. E elogia o trabalho que não deu certo, se elogia com outro nome.

Já vi esse fato outras vezes, mas dessa vez de forma tranquila manifestado, como se fosse normal a anormalidade. É o princípio universal que torna o juiz impedido ou suspeito, nada pode julgar de quem é parente, está impedido, ou mesmo se só conhece, fica suspeito, IMAGINA DE SI MESMO. Doença....paranóia.

Paranóia é um termo introduzido na psiquiatria para designar os problemas psíquicos que tomam a forma de um delírio sistematizado, “é um problema geral do espírito e da razão”, como conclue o excelente dicionárista Hoauiss.

E esse problema espiritual se destaca em várias frentes da vida como se pode observar se podemos acompanhar uma patologia desse nível. E o problema espiritual é vasto por inexistir razão plena.E passa-se a entender o que se entendia pouco se você tiver um personagem em sua frente e puder avaliá-lo.

A razão fica pequena para a paranóia diante da grande desrazão que se manifesta e podemos avaliar sob a ótica da doença.

Engloba as formas crônicas de delírio. Os portadores de paranóias desconhecem esse traço da doença, não têm consciência de sua doença, e muitos que com eles convivem pensam e creditam esse delírio sistematizado às fraquezas humanas comuns. Não são.... É um estado que se arrasta por toda a vida sem diagnóstico efetivo. E a internet vai nos permitir constatar esse estado do qual desconfiávamos, com clareza, e não havia possibilidade em toda sua extensão de entendê-lo. Digamos, evidencia-se a prova concreta.

Por vezes a vaidade, ser o que não somos, vontade desmedida de alcançar patamares não permitidos, frustrações nesse sentido, falta de aceitação de nossos limites, busca incontida da fama perseguida, é um estado paranóico latente, como esse por mim descrito do autoelogio sem freios de sanidade, em delírio sistematizado permanente.

Surge o caminho da depressão pela inexecução da vontade que nunca se realizou na proporção pretendida, sonhada na ficção da projeção falsa do nosso eu menor que se deseja gigante. Acumulam-se patologias, esmaga-se o espírito. O egoísmo não é egoísmo, e o mau caráter se neutraliza. Justifica-os a doença.

Não podemos lançar o fato, autoelogio encoberto, para o terreno da vaidade comum, vista a toda hora, sentimento menor dos não reconhecidos, nem da egolatria. O que existe é doença.

É um estado doentio que merece nossa compreensão.

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 24/06/2011
Reeditado em 24/06/2011
Código do texto: T3054081
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