AO SABOR DO VENTO...

     Minha escrita é livre! Livre como o pensamento de uma criança, livre como o voo de um pássaro, livre como o vento, que se espalha aos quatro cantos do mundo.     Imagine se fosse possível dizer a uma criança: “você só pode pensar assim”. Nós a estaríamos limitando e tolhendo o seu desenvolvimento. Se fosse possível dizer a um pássaro: “você só pode voar por aqui” estaríamos impedindo os outros espaços de assistirem a maravilha que é o espetáculo daquele voo. E se pudéssemos dizer ao vento: “só se espalhe por esse lado”, o que aconteceria nos demais espaços? Ninguém mais poderia sentir a brisa suave, batendo de leve em seus rostos numa manhã de sol.
     Por isso ninguém me diga: “só escreva por aqui”. Minha escrita não obedece limites, não tem território determinado, não convive com restrições, se rebela contra a tirania. Meu espaço é onde o leitor me busca. E me realiza saber que me buscam por diferentes espaços.
     Somente este mês, meus textos estão sendo lidos no Brasil, nos Estados Unidos, na Polônia, na Federação Russa, na Ucrânia, em Portugal, na China, no Kuait e na Romênia, mas se eu apresentar a estatística desses primeiros seis meses de 2011, verão que o universo dos meus leitores não obedece limites.
     Meus textos espalham-se ao sabor do vento e é somente essa direção que eles obedecem.

By Angela Ramalho
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