A menina do corredor
Todos os dias a mesma sena se repetia. Quando batia para o recreio a menina saia da sala de aula e ia para a mesma parede e mesmo corredor. Mas por quê ela fazia isso? Bom essa pergunta ela se fazia constantemente.
Será por medo? Mas medo de que? Será por vergonha? Ou qual será o verdadeiro motivo? Todos que passavam por ela agiam de uma maneira, alguns passavam reto nem a olhavam, como se ela não existisse, outros a olhavam dos pés a cabeça com olhar de nojo, de indiferença, como se dissessem: ''essa guria deve ser louca, por isso fica parada sempre no mesmo lugar'' Será que ela é louca mesmo? Acho que não.
Alguns a olhavam com pena, como se ela estivesse ali por não ter amigos. Uns paravam para falar com ela, ate convidavam para ela sair a caminhar com eles. Outros a perguntavam os motivos dela ficar sempre ali. As crianças convidavam para ela brincar com eles, apesar dela não ser mais criança, seus colegas e amigos mexiam com ela, e convidavam para ela sair dali, e os professores diziam que ela tava segurando a parede, tinha até quem passasse por ela perguntava se ela não tinha visto fulano ou cicrano, ja que ela ficava sempre ali achavam que ela devia saber tudo, mas a verdade é que seu corpo estava ali mas seus pensamentos estavam longe, ela viajava sem sair do lugar. Enfim cada um agia de uma maneira, e a viam de um jeito. Apesar de tudo era uma ótima aluna e muito querida por todos, se dava bem com todo mundo, apesar das piadinhas por ficar parada, mas isso a deixava muito triste.
Ninguém via que ali tinha uma menina com sentimentos, muitos já tinha se acostumado com ela parada ali, que já nem a viam mais, era como se ela fosse invisível, ou uma estatua.
Muitos achavam que ela ficava ali porque gostava, mas não era verdade, o problema é que ela queria mudar, mas faltava coragem, porque ela sabia que se saísse a caminhar todos iam mexer com ela por ter saído da parede. Mas outro motivo dela ficar sempre ali parada é que ela se sentia um peixe fora da água, às outras gurias eram muito diferente dela, pensavam totalmente diferente, ela não queria sair a caminhar com elas e muito menos sozinha, ela se sentia excluída de tudo que era grupo.
O que dava força para ir todos os dias para a escola e ficar sempre parada na mesma parede, era a esperança de ouvir nem que fosse um oi do guri que ela tanto amava e por quem não tinha coragem de se declarar. Mas essa é outra historia deixo para contar na próxima postagem.
Sei que muitos vão achar que essa menina era maluca, mas isso é o que as pessoas que não a conhecem de verdade pensam! O maior defeito dela era se importar de mais com o que os iam pensar dela, e não ter coragem de enfrentar as pessoas.