UM HOMEM DIFERENTE...CORPUS CHIRSTI.

Os homens, com poucas exceções, se ficam na memória do que foram, ficam para reduzido convívio e por poucas gerações; a família. Outros ficam para a história em geral pela significação em suas atividades,pelo que trouxeram para a humanidade, o que é bom, mas ficam também pelo que fizeram de mal, como um exemplo do que não se deve fazer, como um Hitler, só para citar um.

Mas, independente do que se possa em termos de conceito definir credos, muitos se sustentaram em um outro tipo de homem, um homem diferente, que trazia consigo a marca de outros espaços. Em seu nome muito se faz de bem e também de mal. A Igreja que mais congrega adeptos de seus ensinamentos festeja hoje seu Corpo.

Não interessa, como insistem muitos, se essa igreja teve descaminhos, a Igreja é fruto de outro tipo de homem, que caminha pelo descaminho. E as igrejas, todas, e os credos, todos, que têm em Cristo um fundamento, são obras dos homens.

Mas existem marcos do que Ele disse que era seu corpo e sangue, e assim fenômenos inexplicáveis aconteceram, e hoje a Igreja Católica celebra seu corpo. É um SIMBOLISMO que Ele deixou para seus discípulos passarem aos tempos. E querendo ou não, os tempos, receberam esse gesto simbólico.

Com qual origem ocorre essa celebração?

Corpus Christi é a celebração do Corpo de Cristo. Adoção pelo calendário católico comemorando a indiscutível e histórica existência e presença de Jesus Cristo no mundo material. Pelo máximo sacramento da Eucaristia e na metamorfose do pão e do vinho em corpo, na mítica e mágica sinalização de quem é cultuado sem contraditas respeitáveis como Filho de Deus, figura e fulgura as três elevadas letras, visíveis em tapetes de sal que se espalham pelas cidades antecedendo procissões: JHS, JESUS HÓSTIA SANTA.

Esta etiologia do verbo que marcou o mundo, nasce no século XII. Por vontade da Igreja, deu-se corpo real ao Corpo de Cristo. Era forma de mostrar ao homem da idade média a maneira de visibilizar as indicações de fenômenos fora do alcance dos sentidos.

Levar a hóstia ao alto depois da consagração foi o meio surgido para a visibilização. Ocorreu de muitos freqüentarem as igrejas mais para "verem" a hóstia do que para participarem da eucaristia.

Corpus Christi foi entronizado por Urbano IV, Papa, com a Bula ‘Transiturus’ de 11 de agosto de 1264, para ser celebrada na quinta-feira após a Festa da Santíssima Trindade, que acontece no domingo depois de Pentecostes.

O Papa Urbano, Diocesano de Liège na Bélgica, conferiu assim destaque ao segredo das visões da freira agostiniana, Juliana de Mont Cornillon, que exigiam uma festa da Eucaristia no Ano Litúrgico.

Juliana, de Liège, em 1192, era partícipe da paróquia Saint Martin. Entrou para o convento das agostinianas em Mont Cornillon, ainda nova, em 1206.

Teve um pouco depois visões. Entendeu e confidenciou tais visões, anos mais tarde, em 1230, como a revelação de necessidade de uma festa para agradecer o sacramento da Eucaristia. A confidência foi feita a quem seria mais tarde o Papa Urbano IV, fazendo nascer a Festa de Corpus Christi, a ‘Fête Dieu’.

Começou na paróquia de Saint Martin em Liège, em 1230, com autorização do futuro Papa Urbano, procissão eucarística só dentro da igreja, a fim de proclamar a gratidão a Deus pelo benefício da Eucaristia.

Em 1247, aconteceu a 1ª procissão eucarística pelas ruas de Liège, já como festa da diocese. Depois se tornou festa nacional na Bélgica.

Santa Juliana de Mont Cornillon foi canonizada em 1599 pelo Papa Clemente VIII.

Papa Clemente V, em 1313, confirmou a Bula de Urbano IV nas Constituições Clementinas do Corpus Juris, tornando a Festa da Eucaristia um dever canônico mundial.

Em 1317, o Papa João XXII publicou esse Corpus Juris com o dever de levar a Eucaristia em procissão pelas vias públicas.

O Concílio de Trento ratificou a presença real de Cristo na Eucaristia, fortaleceu o decreto da instituição da Festa de Corpus Christi, obrigando o clero a realizar a Procissão Eucarística pelas ruas da cidade, como ação de graças pelo dom supremo da Eucaristia e como manifestação pública da fé na presença real de Cristo na Eucaristia.

O Código de Direito Canônico – cânon 944 – mantém a obrigação de se manifestar testemunho público de veneração para com a Santíssima Eucaristia onde for possível, haja procissão pelas vias públicas.

E a autenticação desse fenômeno se deu com mais força em Lanciano, Toscana, Itália.

COMO ACONTECEU?

O fenômeno Eucarístico de Lanciano foi um milagre que ocorreu no Século VIII, na cidade Itália de Lanciano.

Durante uma missa, o celebrante (um monge da Ordem de São Basílio), teve sérias dúvidas quanto à verdade da transubstanciação (transformação do pão e vinho em Corpo e Sangue de Jesus). Então, milagrosamente viu a Hóstia converter-se em Carne viva e o vinho em Sangue vivo.

A Hóstia-Carne apresentava, como ainda hoje se pode observar, uma coloração ligeiramente escura, tornado-se rósea se iluminada pelo lado oposto, e tinha uma aparência fibrosa; o Sangue era de cor terrosa (entre amarelo e o ocre), coagulado em cinco fragmentos de formas e tamanhos diferentes. O fato interessante do Milagre é que após exames científicos chegou-se as seguintes conclusões:

"A carne é carne verdadeira.

O sangue é sangue verdadeiro.

A Carne é do tecido muscular do coração (contém, em seção, o miocárdio, endocárdio, o nervo vago e, no considerável espessor do miocárdio, o ventrículo cardíaco esquerdo). A Carne e o Sangue são do mesmo tipo sangüíneo (AB) e pertencem à espécie humana. No Sangue foram encontrados, além das proteínas normais, os minerais Cloreto, Fósforo, Magnésio, Potássio, Sódio e Cálcio. As proteínas observadas no Sangue foram encontradas normalmente fracionadas em percentagem a respeito da situação seroproteínica do Sangue vivo normal, ou seja, é Sangue de uma PESSOA VIVA. A conservação da Carne e do Sangue, deixados em estado natural por doze séculos e expostos à ação de agentes físicos, atmosféricos e biológicos constituem um fenômeno extraordinário. O Sangue AB é o tipo de sangue encontrado no Santo Sudário."

O milagre eucarístico de Lanciano segundo o cientista que comprovou sua autenticidade assim se enuncia:

Fala o doutor Edoardo Linoli, afirmando o doutor "que havia sustentado em suas mãos um verdadeiro tecido cardíaco, quando analisou anos atrás as relíquias do milagre eucarístico de Lanciano (Itália), o mais antigo dos conhecidos.

O fenômeno se remonta ao século VIII. Em Lanciano, na igreja dedicada a São Legonciano, um monge basiliano que celebrava a missa em rito latino, após a consagração, começou a duvidar da presença real de Cristo sob as sagradas espécies.

Nesse momento, o sacerdote viu como a Sagrada Hóstia se transformava em carne humana e o vinho em sangue, que posteriormente se coagulou. Na catedral estão custodiadas estas relíquias e podem ser vistas pelos visitantes."

Professor de Anatomia e Histologia Patológica, de Química e Microscopia Clínica, e ex-chefe do Laboratório de Anatomia Patológica no Hospital de Arezzo, o doutor Linoli foi o único que analisou as relíquias do milagre de Lanciano. Seus resultados suscitaram um grande interesse no mundo científico.

Em novembro de 1970, por iniciativa do arcebispo de Lanciano, Dom Pacífico Perantoni, e do ministro provincial dos Conventuais de Abruzzo, contando com a autorização de Roma, os Franciscanos de Lanciano decidiram submeter a exame científico as relíquias.

Encomendou-se a tarefa ao professor Linoli, ajudado pelo professor Ruggero Bertelli –da Universidade de Siena–. Com a maior atenção, o professor Linoli extraiu partes das relíquias e submeteu a análise os restos de «carne e sangue milagrosos». Em 4 de março de 1971 apresentou os resultados.

Evidenciam que a Carne e o Sangue eram com segurança de natureza humana. A Carne era inequivocamente tecido cardíaco, e o Sangue era verdadeiro e pertencia ao grupo AB.

O professor Linoli explicou que, «pelo que diz respeito à Carne, encontrei-me na mão com o endocárdio. Portanto não há dúvida alguma de que se trata de tecido cardíaco».

Quanto ao sangue, o cientista sublinhou que «o grupo sanguíneo é o mesmo do Homem do Santo Sudário de Turim, e é particular porque tem as características de um homem que nasceu e viveu nas zonas do Oriente Médio».

«O grupo sanguíneo AB dos habitantes do lugar de fato tem uma porcentagem que vai de 0,5 a 1%, enquanto que na Palestina e nas regiões do Oriente Médio é de 14-15%», apontou.

A análise do professor Linoli revelou também que não havia na relíquia substâncias conservantes e que o sangue não podia ter sido extraído de um cadáver, porque se haveria alterado rapidamente.

O informe do professor Linoli foi publicado em «Quaderni Sclavo di diagnostica clinica e di laboratório» (1971, fasc 3, Grafiche Meini, Siena).

Em 1973, o conselho superior da Organização Mundial da Saúde (OMS) nomeou uma comissão científica para verificar as conclusões do médico italiano. Os trabalhos se prolongaram 15 meses com um total de quinhentos exames. As conclusões de todas as investigações confirmaram o que havia sido declarado e publicado na Itália.

O extrato dos trabalhos científicos da comissão médica da OMS foi publicado em dezembro de 1976 em Nova York e em Genebra, confirmando a impossibilidade da ciência de dar uma explicação a este fenômeno.

Na parte superior desse relicário está o ostensório, ele contém a Hóstia transformada em carne, e, na parte mais baixa, encontra-se o cálice de cristal, com os cinco pedaços que resultaram da transubstanciação do Vinho consagrado em sangue. A Hóstia-Carne tem coloração levemente escura, de aspecto fibroso, tomando a cor rósea ao ser iluminada pelo lado oposto; sua parte central apresenta-se vazia, devido a retração tecidual. E os cinco fragmentos do sangue, que se coagulou, têm formas e volumes diferentes, sendo de cor entre o amarelo e o ocre.

Lá está para quem quiser ver......

Celso Panza
Enviado por Celso Panza em 23/06/2011
Reeditado em 23/06/2011
Código do texto: T3052319
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