O Primo
Ali pegou o telefone com alegria. A avó já havia atendido e anunciado ser o primo que chegara do Líbano. Começou a falar em árabe, mas o primo logo avisou que falava português, pois vivera um tempo no Brasil. Mesmo assim não se conheciam.
- Onde você está, primo? Vou aí buscar você.
- Estou aqui numa rua, deixa ver... André de Barros, perto do Senac.
- Ah, é bem perto daqui. Espere aí que eu já chego.
Entrou na sua Brasília vermelha e dirigiu até onde o primo anunciara. De fato, não era longe. Lá chegando, muita gente nas proximidades do Senac. Quem seria o primo? Logo o encontrou, acenando com a mão, aceno que foi correspondido. Estacionou a Brasília e desceu para cumprimentar todos, naturalmente com os beijos que fazem parte da tradição árabe. Que família alegre era aquela, Ali já simpatizou com todos no primeiro contato. A avó ficaria contente ao revê-los. Percebeu que era um bom grupo, não caberiam todos em seu carro. Felizmente havia outro carro parado perto do seu. Dividiram-se entre os dois carros e partiram.
No trajeto a conversa foi animada, um pouco vazia pelo fato de não se conhecerem anteriormente. Ainda tentavam identificar parentes que todos conhecessem quando Ali estacionou na Praça Osório, anunciando a chegada.
– Aqui? – perguntou o outro – Nós não vamos para uma chácara?
– Não, minha avó mora aqui, bem no centro. Quem falou que ela morava na chácara?
– Mas nós combinamos todos de ir para a chácara.
– Peraí, você não acaba de chegar do Líbano?
– Que Líbano? Minha família é portuguesa!
Logo concluíram que haviam se enganado. Todos desceram da Brasília e entraram no outro carro, que vinha atrás. Foram embora e Ali voltou ao Senac, onde o primo havia assistido toda a cena do embarque anterior, sem saber da confusão que se armara.
Ali pegou o telefone com alegria. A avó já havia atendido e anunciado ser o primo que chegara do Líbano. Começou a falar em árabe, mas o primo logo avisou que falava português, pois vivera um tempo no Brasil. Mesmo assim não se conheciam.
- Onde você está, primo? Vou aí buscar você.
- Estou aqui numa rua, deixa ver... André de Barros, perto do Senac.
- Ah, é bem perto daqui. Espere aí que eu já chego.
Entrou na sua Brasília vermelha e dirigiu até onde o primo anunciara. De fato, não era longe. Lá chegando, muita gente nas proximidades do Senac. Quem seria o primo? Logo o encontrou, acenando com a mão, aceno que foi correspondido. Estacionou a Brasília e desceu para cumprimentar todos, naturalmente com os beijos que fazem parte da tradição árabe. Que família alegre era aquela, Ali já simpatizou com todos no primeiro contato. A avó ficaria contente ao revê-los. Percebeu que era um bom grupo, não caberiam todos em seu carro. Felizmente havia outro carro parado perto do seu. Dividiram-se entre os dois carros e partiram.
No trajeto a conversa foi animada, um pouco vazia pelo fato de não se conhecerem anteriormente. Ainda tentavam identificar parentes que todos conhecessem quando Ali estacionou na Praça Osório, anunciando a chegada.
– Aqui? – perguntou o outro – Nós não vamos para uma chácara?
– Não, minha avó mora aqui, bem no centro. Quem falou que ela morava na chácara?
– Mas nós combinamos todos de ir para a chácara.
– Peraí, você não acaba de chegar do Líbano?
– Que Líbano? Minha família é portuguesa!
Logo concluíram que haviam se enganado. Todos desceram da Brasília e entraram no outro carro, que vinha atrás. Foram embora e Ali voltou ao Senac, onde o primo havia assistido toda a cena do embarque anterior, sem saber da confusão que se armara.