Inesquecível sensação de uma vaga lembrança.
Na década de setenta, precisamente em 1978, já nem me lembro se junho ou julho estava em casa descansando quando um velho conhecido procurou por mim dizendo que estava com problemas e que necessitava de uma certa quantia em dinheiro para solucioná-los, que se eu o emprestasse, ele me pagaria daí a trinta dias.
Após ouvir toda a história, sensibilizado, peguei o dinheiro e o emprestei. De lá para cá poucas vezes vi esse indivíduo, que até ontem à meia noite não me pagou o empréstimo, mas o que mais me intriga é que quando me vê, já de longe ele grita, mesmo que eu não o tenha visto:
_Olha, não esqueci daquele negócio não, viu.
Apenas rio e prossigo meu caminho. Caramba, isso é que é memória!
Saulo Campos
Itabira MG