A ESTATUETA DO MONTE SINAI
Serei breve ao relatar o que agora vos conto pelo simples fato de estar no meio do meu horário de trabalho. Infelizmente a literatura que amo não é meu ganha-pão e nem meu talento. Mas não seria justo se não contasse agora mesmo o que ocorreu na copa, no horário do café da tarde.
Encontrávamos em meio a um elevado assunto em que tratávamos das coisas espirituais. Falávamos de filosofia de vida e discorríamos sobre a bíblia. Fizemos um leve caminhar ao lado de Moisés pelo deserto por entre o inflamado povo recém liberto da escravidão egípcia.
Quando estávamos divagando sobre o momento em que o povo aguardava aos pés do Monte Sinai, eis que uma queridíssima amiga diz:
- Foi quando ele foi buscar a estatueta?
- ?
Como assim, amigo leitor? Estatueta? Nem existia cinema naquela época para ter premiação. E a terra árida estava longe de ser um tapete vermelho. Resultado: Risos. Os mais diversos.
- And the Oscar goes to... – Sita um.
- Moisésssss. – Completa outro.
- Pela direção “Na Travessia do Deserto”. – Risos
- Ou seria por: “Em busca da terra prometida”?
Os antigos diziam: “muito riso, pouco siso”. Entendo que o pouco siso se referia a pouca experiência de vida o que reflete em pouco juízo. Em se tratando da feição da minha amiga, que nem ouso citar aqui o nome, o pouco siso significa que ela quebraria os dentes de todos e não demoraria muito.
Bom... Por isto, também, não vou demorar mais neste papel. Espero a compreensão de vocês.
Só um detalhe. Ela queria dizer tabuleta. Nada mais, nada menos que a tábua dos dez mandamentos.
Estatueta? Como assim?