Longe do eu não sou ninguém
Longe do eu não sou ninguém
Faz muito tempo
Também acreditava no transcendente.
Hoje, não sinto sequer sua falta.
Hoje, não consigo sequer realizar mentalmente sua existência.
Hoje, não percebo o transcendente sequer como alguma coisa.
Sei que quase nada sei, mas sei que não sei como verdade o que desejaria fosse verdade.
Entendo que existe uma dualidade energia/matéria, e que meu desejo não tem valor de verdade nesta realidade. É lógico que alguns poderão trazer a baila detalhes teóricos da quântica, mas mantenho minha posição que o mundo não intuitivo da quântica não possui representação direta no macrocosmo relativista.
O que eu gostaria que fosse verdade, ou o que eu desejaria ser verdadeiro em nada modifica o valor de verdade de nada. Entendo que um fato é apenas um fato, ele não possui valor de verdade ou de falsidade. Um fato permanece um fato. Valores de verdade podem ser atribuídos a fatos apenas de forma indireta: Como interpreto a realização daquele fato? Como acredito que o ator ou atores envolvidos naquele acontecimento estavam se comportando? Qual teria sido o verdadeiro motivo para aquele fato ocorrer? Assim existirão inúmeros valores de verdades associados indiretamente a um fato, mas para mim o fato em si não é passível de valoração de verdade.
Hoje sou “imanentemente” imanente.
Não sei se sou melhor que ninguém.
Também não sei se sou pior do que a média vivente.
Aliás, não tenho como sabê-lo em essência, posto que melhor e pior são afirmações de valores tipicamente relativos. Melhor que o que? Em relação a que? O que seria virtude? O que seria ser melhor? Melhor ou pior somente é possível em escopos claramente determinados, e mesmo assim recobertos de preconceitos e definições que por si só não são passiveis de serem mensuradas como verdades absolutas ou terem identificadas claramente os valores de verdade e virtude a serem únicos em relação a totalidade dos seres vivos.
Ao longo do tempo larguei de mão o transcendente, não porque o achasse feio, ou errado, mas simplesmente porque não reflete o pouco que interpreto dos fatos brutos, independente de seus valores relativos, que observo neste mundo.
No fundo adoraria que houvesse algo transcendente que realmente nos guiasse pelo bem, bem este que infelizmente não percebo neste mundo, o que me levaria a crer em um transcendente hipócrita ou sádico, o que acabou de vez com a possibilidade de crer em sua existência.
Sou imanente, e leio o mundo de forma imanente. Não sou dono da verdade, mas esta é a minha forma de ler o livro deste mundo. Sou imanente em essência porque sou o resultado da imanência de meu cérebro.
Sou humano em minha essência genética, minha humanidade deriva da complexidade imanente de minha rede neural. Assim preciso ser pleno de minha essência animal para construir e continuamente reconstruir minha condição plena de humanidade, se é que algum dia o conseguirei em essência.
Longe do eu não sou ninguém
Faz muito tempo
Também acreditava no transcendente.
Hoje, não sinto sequer sua falta.
Hoje, não consigo sequer realizar mentalmente sua existência.
Hoje, não percebo o transcendente sequer como alguma coisa.
Sei que quase nada sei, mas sei que não sei como verdade o que desejaria fosse verdade.
Entendo que existe uma dualidade energia/matéria, e que meu desejo não tem valor de verdade nesta realidade. É lógico que alguns poderão trazer a baila detalhes teóricos da quântica, mas mantenho minha posição que o mundo não intuitivo da quântica não possui representação direta no macrocosmo relativista.
O que eu gostaria que fosse verdade, ou o que eu desejaria ser verdadeiro em nada modifica o valor de verdade de nada. Entendo que um fato é apenas um fato, ele não possui valor de verdade ou de falsidade. Um fato permanece um fato. Valores de verdade podem ser atribuídos a fatos apenas de forma indireta: Como interpreto a realização daquele fato? Como acredito que o ator ou atores envolvidos naquele acontecimento estavam se comportando? Qual teria sido o verdadeiro motivo para aquele fato ocorrer? Assim existirão inúmeros valores de verdades associados indiretamente a um fato, mas para mim o fato em si não é passível de valoração de verdade.
Hoje sou “imanentemente” imanente.
Não sei se sou melhor que ninguém.
Também não sei se sou pior do que a média vivente.
Aliás, não tenho como sabê-lo em essência, posto que melhor e pior são afirmações de valores tipicamente relativos. Melhor que o que? Em relação a que? O que seria virtude? O que seria ser melhor? Melhor ou pior somente é possível em escopos claramente determinados, e mesmo assim recobertos de preconceitos e definições que por si só não são passiveis de serem mensuradas como verdades absolutas ou terem identificadas claramente os valores de verdade e virtude a serem únicos em relação a totalidade dos seres vivos.
Ao longo do tempo larguei de mão o transcendente, não porque o achasse feio, ou errado, mas simplesmente porque não reflete o pouco que interpreto dos fatos brutos, independente de seus valores relativos, que observo neste mundo.
No fundo adoraria que houvesse algo transcendente que realmente nos guiasse pelo bem, bem este que infelizmente não percebo neste mundo, o que me levaria a crer em um transcendente hipócrita ou sádico, o que acabou de vez com a possibilidade de crer em sua existência.
Sou imanente, e leio o mundo de forma imanente. Não sou dono da verdade, mas esta é a minha forma de ler o livro deste mundo. Sou imanente em essência porque sou o resultado da imanência de meu cérebro.
Sou humano em minha essência genética, minha humanidade deriva da complexidade imanente de minha rede neural. Assim preciso ser pleno de minha essência animal para construir e continuamente reconstruir minha condição plena de humanidade, se é que algum dia o conseguirei em essência.