CÉU DA SAUDADE

Zazah, era uma cadelinha, brejeira e maravilhosa, que chegou a minha casa em dezembro de 1990, trazida pela Margarida(nossa secretária), que deu de presente para minha mãe(in memorian). Foi nossa companheira, minha e de meu pai(in memorian). Tínnhamos muito carinho por esse animalzinho, tão delicado de cor marrom e branco. Essa cadelinha tem uma história linda. Meiga, guerreira, verdadeira. Quando olhava prá gente, com aqueles "olhinhos de jade"(apelido que ganhou, por ter os olhos negros, mas parecendo um pintura egípicia), que pedia sempre colinho.Todos aqui em casa se derretiam por ela, que se considerava a rainha do pedaço. Digo que foi guerreira, por ter dado à luz, a 8 filhotinhos. Vivia em plena harmonia em nossa casa, onde passou e presenciou tristezas e despedidas de seus verdadeiros donos(que eram meus pais). Depois que meus pais se foram, adotei essa coisinha fofa que continuou sendo a rainha de nossas atenções. Viveu entre nós do seu jeito, até qaundo começou a idade senil. Não dava trabalho. Quando começaram as dores da alma e da idade(tinha reumatismo nas pernas), não reclamava, apenas seu latido tinha um som diferente, que era o seu jeitinho de nos avisar, para poder acudir. No entanto, pedia-nos afago a toda hora, com aquele olhar de piedade. Mas no dia dezesseis de junhos deste ano, às vinte e duas horas, nos fez ouvir o seu último latido. Viveu com dignidade na casa que lhe recebeu e acolheu com todo amor por dezoito anos. Vai nos fazer muita falta, principalmente pelas suas duas crias Beethowen e Branca, que moram comigo. Zazah, foi uma companheira de momentos alegres e tristes e que hoje está no jardim do céu, em companhia de seu protetor: São Francisco de Assis, que é amigo de todos os animais. Já dizia um grande ativista - "A grandeza de uma nação pode ser julgada pelo modo que seus animais são tratados"(Mahatma Gandhi). Zazah, sempre percebia quando eu estava triste ou quando adoecia, ficava deitadinha nos pés da minha cama e quando melhorava, ela me olhava e voltava pra sua caminha. Mas quando saía pra trabalhar, ficva triste e uivava, juntamente com os filhotes. Porém quando retornava do trabalho, era uma algazarra só. Pulava de alegria e quando eu mencionava as palavras mágicas: VAMOS PRA RUA, ela levantava as orelhas(que era toda desfiada), abanava o rabinho e ficava numa euforia inimaginável. Já diz aquele velho ditado "O cão é o melhor amigo do homem", pois é, a minha Zazah, não era só amiga, e companheira, foi uma benção aos meus problemas psicológicos, traumas, saudades dos entes queridos. Ela, só aconchegava, pedia colo somente. Depois descia e ia fazer festa com Bee e Branquinha. Me ajudou muito a superar as adversidades na minha vida e outras coisas que tanto nos fazem mal e que uma grande amizade entre um ser humano e um animal, faz bem e ajuda a nos libertar. Se você tem um animalzinho de estimação, trate-o com muito carinho, pois eles são educados e tem alma nobre. Feliz daquele que tem um cão como amigo, pois nos enriquece com sua sabedoria, que Deus lhes deu. Ame os animais, e terás sempre um amigo, nas horas tristes e alegres do nosso bom viver.

Myramar Rocha - 20/06/2011 (Dedico àquela que foi e será sempre a mais fofinha das cadelinhas).

MYRAMAR ROCHA
Enviado por MYRAMAR ROCHA em 20/06/2011
Reeditado em 20/06/2011
Código do texto: T3045563
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