MENINAS POBRES E PRECOCES
Muitos vivem suas vidas sem perceber o que se passa ao lado sabemos que temos como nossos vizinhos: pessoas tristes, sofridas, com fome, agredidas, mal tratadas, ofendidas, humilhadas, não reconhecer isso seria como tapar o sol com a peneira.
O que pensamos sobre isso?
Será que enfrente a nossa lareira “imaginável” desfrutamos em nosso conforto a vida de contos de fadas e nos esquecemos que em toda história sempre tem um sendo usado, humilhado, não sou falsa moralista querendo com isso que se sinta mal por ter uma condição melhor, mas já pensou em fazer algo a respeito, demonstrando amor verdadeiro ao semelhante.
Observemos o sofrimento alheio não adiantando dizer “eu entendo”, pois é fácil falar difícil é vivenciar...
Para uma criança nesta condição, viver é um martírio se sabe que esta aqui, mas por quê? Ela ao acordar todas as manhãs sabe de uma única coisa que “nada tem” e nada pode fazer...
Sua única certeza que sentira é a dor de uma criança, a fome do adulto, o frio do idoso, isto que lhe pertence o abandono em todas as formas e sentidos e que sua carência não é somente material.
Carência material; tipicamente envolvendo as necessidades da vida cotidiana como alimentação, vestuário, alojamento e cuidados de saúde. Pobreza neste sentido pode ser entendida como a carência de bens e serviços essenciais.
Falta de recursos econômicos; nomeadamente a carência de rendimento ou riqueza. As medições do nível econômico são baseadas em níveis de suficiência de recursos ou em "rendimento relativo".
Carência Social, como a exclusão social, a dependência e a incapacidade de participar na sociedade. Isto inclui a educação e a informação. As relações sociais são elementos chave para compreender a pobreza pelas organizações internacionais, as quais consideram o problema da pobreza para lá da economia.
Estudos comprovam que esta falta de tudo inclusive a alimentação correta, apontam que meninas pobres começam a menstruar mais cedo, meu modo de ver e que a vida vem de forma implacável sobre estes vizinhos, forçando, cobrando, que se tornem adultas logo, pulando assim a fase de ser criança, sem ilusões e perspectivas jogando em suas caras a mais pura realidade, essa vida impõe que logo precisam trabalhar, tornando assim mão de obra barata, percorrendo um longo caminho sem nada alcançar, trabalhando sem perspectivas, sem amor, sem paixão, apenas trocando sua mão de obra por uma migalha de pão um punhado de moedas, e o futuro a se tomar...
“A pobreza é exercitadora das virtudes dos nossos talentos.”
(Giovanni Boccaccio)