MUDEMOS NÓS.



                                         Imaginemos uma cidade com 12 milhões de habitantes dos quais dez milhões fumam apenas uma carteira de cigarro por dia. São quarenta milhões de pontas de cigarros jogadas nas ruas.   Para onde vão esses filtros? Para os esgotos, contribuindo para o entupimento dos bueiros. Quando você está na rua e após pitar o seu cigarrinho, onde joga a bituca? Tenho uma amiga que anda com um potinho de maionese na bolsa. Quando apaga o cigarro, joga lá dentro a mal cheirosa bituca.
 Em São Paulo, os serviços de coleta não dão conta de tirar o lixo jogado nas ruas, sem nenhum cuidado e muito desse lixo vai para os rios da cidade. A prefeitura poderia colocar enormes caçambas coletoras, mas adiantaria?  Quando apenas uma parte  da população faz o dever de casa e a outra é reprovada no quesito responsabilidade pessoal e social é difícil ter uma cidade limpa. No final das contas, pagam  todos  pelo ônus das mazelas ambientais.
 Em uma cidade nortista,   vi um feirante jogando toda espécie de detritos  bem na entrada da feira e no chão, fazendo a festa dos urubus. Nessa mesma cidade, depois de quarenta anos persiste uma rua com um enorme valetão, cujo acesso para as casas é feito por umas pontes de madeira. Penso que não houve mobilização para mudar a paisagem da rua.
 Gostaria muito de escrever romanticamente sobre como mudar a cidade, a minha cidade, mas não saberia fazer isso hoje diante de tanta indelicadeza por parte dos habitantes para com suas cidades.Para que haja mudança, nós é que precisamos mudar. Há muitas estratégias para provocar a mudança. Um delas é começar pelos hábitos saudáveis e ecologicamente corretos, entre os quais, dar um destino correto para as sobras do famigerado cigarro. Outro, é  dar o  destino adequado ao lixo, seja  orgânico ou reciclável. Ter tambem uma  sacolinha dentro do carro, evita-se jogar lixo na rua. Quem agradece? O meio ambiente e todos nós.