O TARADO

O TARADO

Na Academia, onde Marina, não só praticava as mais diversas lutas marciais, como também, trabalhava, dando aulas e, como diretora e dona da mesma Academia, ficava quase que o dia inteiro... Era extremamente dedicada, zelosa,, simpática e admirada por todos; além de tudo, era muito bonita...

Formada em Educação Física, com a vida já estabilizada, sonhava, agora, encontrar o amor de sua vida, casar, ter filhos, enfim, tudo que uma jovem almeja...

Marina tinha um namorado, Cláudio, mas não era feliz. Sabia que se casasse com ele, iria se tornar uma criatura submissa, anulada, tantas eram as atitudes machistas de Cláudio. Jamais aceitaria ser subjugada, sem vontade própria... Ficaria feliz se conhecesse alguém, não necessariamente bonito, mas que tivesse um certo charme, bondoso, companheiro e acima de tudo, honesto. Sabia, também, que era um sonho difícil de alcançar, mas sonhar não é pecado- pensava...

Naquela noite, saiu da Academia por volta das dezenove horas. Até sua casa, bastava percorrer a pé, somente quinhentos metros, por uma rua mal iluminada, um pouco deserta; Fazia um friozinho, por isso, não se via ninguém na rua. Marina andava tranqüila e, no trajeto, ia pensando nas palavras que usaria para romper o relacionamento com Cláudio, sem magoá-lo, afinal de contas, o namoro já durava dois anos... De repente, Marina cruza com um rapaz alto, louro, bem apessoado que, ao passar por Ela, olha-a, com interesse... Será esse que eu procuro, quem sabe? Pensou...

Olhou-o, também, como se estivesse interessada...

Não precisou mais nada...Imediatamente ele voltou e, tratando-a com amabilidade, deu-lhe boa noite, no que Ela respondeu com igual cortesia.

-Posso acompanhá-la? Perguntou.

Marina hesitou, antes de responder, porém, vendo-o tão simpático, achou que poderia arriscar e... Aceitou.

Caminharam juntos alguns metros e, de repente, num lugar mais ermo, o rapaz agarrou-a com rudeza e puxou-a para dentro de uma casa abandonada. Marina pensou, por um momento que poderia,, com um golpe, dominá-lo; Por outro lado Ela achou, também que ele poderia ser um lutador e vencê-la facilmente, dada a diferença de altura entre os dois.Marina percebeu que estava diante de pervertido sexual e usando de estratégia , fingiu que entrava na dele:

-Que é isso bonitão? Vamos com calma... Marina, então, passou a acariciá-lo e, para ganhar tempo, começou a tirar-lhe a roupa. Nisso, ele reagiu, indeciso, e Ela:

-Tira, tira... Quero ver o seu físico, por favor... Prometo que tirarei a minha também, falou Ela, com carinho... E foi tirando a dele até deixá-lo só de cuecas. Aí, ele reagiu com violência e pegou o pescoço de Marina, tentando esganá-la.

-Sua vagabunda, não quero sexo... Vou te matar, prepare-se para morrer!

Marina precisava ganhar mais tempo, pois percebera que o cara era um louco assassino, disposto, mesmo a matá-la. Fingindo, ainda, que não acreditava no que ele dizia, Marina continuava falando:

-Você está brincando, não é bonitão? Sei o que você quer... Vamos brincar um pouco? E como era mais baixinha, continuou acariciando entre as pernas do cara, até atingir-lhe a genitalha e aí... Epa!!! Marina percebeu que além de louco e tarado, era:: malhado, sarado, safado, passado e acreditem, “CAPADO”.

Agora, sim, chegara a hora de Marina usar sua prática defensiva, desferindo-lhe um golpe certeiro, deixando-o estirado no chão e desacordado..A seguir, pegou sua bolsa e saiu para a rua, tranquilamente, quando encontrou uma patrulha,que a abordou:

- Senhorita, é perigoso andar sozinha por esta rua deserta... Fique sabendo que estamos procurando um elemento muito perigoso que tem praticado vários assassinatos nesta área...

-Pois, já o encontraram... Podem entrar, que o sujeito está aí dentro nocauteado...

Tete Brito
Enviado por Tete Brito em 17/06/2011
Código do texto: T3039880