A PALAVRA PRESERVA O CONTATO - O SILÊNCIO ISOLA
Gosto de jogar bolinhas de papel na tela do computador enquanto penso na morte da bezerra, mais parecendo o tolo de Moliere, que não diz nada, apenas amarga o silêncio seu. Mas também, cadê argumento para refutar o tal do silêncio, pois não?
Silêncio... é a morte da palavra, o aborto dela, diz o poeta. Já Thomas Mann afirma que a fala é a civilização em si. A palavra mesmo a mais
contraditória palavra, preserva o contato – é o silêncio que isola.
Mas, quem disse que eu sei traduzir o silêncio? O que vivo é um dilema kafikiano onde me perco sem saber ao certo se sou EU o silêncio do OUTRO, se vivo num “mundo de imagens projetadas no espaço abstrato do pensamento” e o OUTRO é apenas produto da minha imaginação. Simplesmente não existe.
Gosto de jogar bolinhas de papel na tela do computador enquanto penso na morte da bezerra, mais parecendo o tolo de Moliere, que não diz nada, apenas amarga o silêncio seu. Mas também, cadê argumento para refutar o tal do silêncio, pois não?
Silêncio... é a morte da palavra, o aborto dela, diz o poeta. Já Thomas Mann afirma que a fala é a civilização em si. A palavra mesmo a mais
contraditória palavra, preserva o contato – é o silêncio que isola.
Mas, quem disse que eu sei traduzir o silêncio? O que vivo é um dilema kafikiano onde me perco sem saber ao certo se sou EU o silêncio do OUTRO, se vivo num “mundo de imagens projetadas no espaço abstrato do pensamento” e o OUTRO é apenas produto da minha imaginação. Simplesmente não existe.