DO PRECONCEITO
Tenho visto movimentos, percebido olhares que carregam pré-conceitos sobre elementos que cerceiam nossas relações. Mesmo quem é candidato a manifestações desse calibre, apontando o indicador para as escolhas alheias. E isso me emputece.
Por quê? Porque é estúpido. Elementos básicos: tem preconceito, assim como eu, minha mãe, minha vizinha, meus professores têm, ok. Mas assuma sua responsabilidade e consciência sobre. É tão frustrante notar certas falas com cargas sutis de pré-concepções estúpidas sobre tantos assuntos que, inclusive, dizem respeito a estas mesmas bocas que, sometimes falam, falam, falam muito. Dizem nada (sobre o assunto em si é a que me refiro).
Logicamente a sexualidade é pauta maior. Questões de gênero, gostos, expectativas, experimentações. É a velha história do ‘faça o que eu digo’, ou mesmo ‘tenho é de falar e apontar a grama do outro, não reparar que a minha tem folhas secas e flores velhas’.
Sim, pode me incluir nisso. E isso também é emputecedor. Afinal de contas, quando menos esperamos, surge um lodo triste e pesado em nossas palavras. Nauseante sensação essa. Inacreditável, praticamente. E você se pergunta: “mesmo depois de todo esse tempo de construções, tanto de conhecimento quanto de relações, ainda existe espaço pra esse tipo de preconceito?”. E a resposta não vem, senão com um ‘sim’ envergonhado e sem jeito.
Percebi que é uma das coisas que mais tenho [tentado] abolir e que mais me irritam no ser humano. Escolher o que falar, saber o que se faz, responsabilizar-se por isso. Uma teoria acerca de tudo isso que enunciei me vem à mente. O melhor a fazer é exercitar no cotidiano e no teclado do computador, pra ver se cola em algo, ou se explica algum outro sintoma, sentimento, enfim, em alguma coisa.
Enquanto isso algum programa besta está no ar na TV. Alguém?
Ops…