DONA NENA,UMA CHAMA LEVADA PELO VENTO.

Uma chama nunca se apaga - Uma flor nunca

perde a sua essência - A amizade também

A saudade é o indício de tudo isto

A vida nos reserva grandes surpresas! Boas e ruins ou boas ou ruins!Sabemos que nesta nossa vida presenciamos pessoas que chegam e pessoas que partem!Como nós que chegamos um dia e partiremos. Estou falando do plano espiritual! De quando nascemos e de quando morremos! Estou falando do plano material de tudo aquilo que conquistamos e perdemos. Estou falando do plano de vida onde vivenciamos e vivemos cada minuto de nossa respiração neste mundo cheio de muitas coisas, fatos e múltiplos momentos. Podem ser de alegrias ou de tristezas! Podem ser de anseios e realizações! Podem ser de poderes ou obediências! Mas, o mais marcante de tudo isto é o que a memória guarda e de vez em quando traz de volta em qualquer momento na nossa vida.

Existem velas, cujas chamas se apagam com o vento. Existem velas que queimam até o seu final perdendo a sua chama. Existem velas que nunca se apagam, porque as suas chamas permanecem para sempre iluminando nossa memória.Como flores que deixam as suas sementes eternizando a sua espécie florescendo a cada primavera depois de regada pelas gotas de chuvas.

Pois é. Eu jamais havia imaginado que ao escrever uma crônica falando sobre a minha formatura do terceiro ano técnico, lá em 1978, onde, se não fosse a intervenção de Dona Nena, juntamente com o Padre Augusto e Dona Zenilda, a minha turma não teria formatura; e que voltaria a escrever uma nova crônica para homenagear alguém tão querido.Estou falando de Dona Nena. Se não bastasse ela nos ter proporcionado a formatura , Dona Nena e seu filho Fernando deram também, para Jorge de Zifina e para mim, um corte de pano de presente, como uma grande prova de estima e amizade.

A última vez em que eu encontrei com Dona Nena, foi em janeiro de 1991, quando eu estava indo para Santa Maria da Vitória,procedente de São Paulo em pleno gozo de férias e, o ônibus em que eu estava, desviou-se do caminho indo até Porto Novo pegar alguns passageiros. A minha surpresa foi imensa ao ver os passageiros!Eram justamente Dona Nena e seu Filho Fernando o seu fiel companheiro de tantos anos. Ela até ficou surpresa com a minha presença.- Você aqui! Exclamou.

Dona Nena é uma daquelas velas cujas chamas jamais se apagarão em minhas memórias e os seus passos permanecerão para sempre em meu coração. Agora está compondo a constelação da eternidade juntamente com as chamas de outras velas que iluminaram os meus caminhos do saber, chamas que nenhum tempo tirará de mim.

Dona Nena, obrigado por fazer parte do meu candelabro juntamente com tantas outras velas, cujas chamas o tempo levou mas que continuam acesas em meu coração.

É o que há