ESSA TAL   DE SAUDADE.



   Cá estou eu, ainda sentido o abraço demorado do     meu filho, na hora da partida. Se fosse possível, eternizaria o momento,  mas não seria justo,    porque    os sonhos     não são meus, são   dele. Tenho guardadas em mim muitas saudades e todas elas são de momentos que não se repetirão mais, porque esses momentos são gravados na memória    emocional  com  sua      singularidade. Algumas saudades  são suaves como a brisa morna de uma tarde de verão, outras doem como ferroadas de marimbondos e outras ardem feito labaredas que queimam   sem  piedade. Sei  de todas  elas,  vivo todas elas, com a historia  da  minha vida . Hoje estou  frágil, não sei por quanto estarei com   este  sentimento   tão doído  pela  ausência  tão  distante deste filho.  Sei  que  chegará  o momento  em que o  coração se acalmará, porque  assim  é  a  lei  da  vida.   Enquanto   isso, me  desculpem  a pieguice, mas só quem desnuda suas fraquezas, é forte.