"Tudo vale a pena, se a alma não é pequena"
Se em alguns momentos, pensares que teus problemas são sem solução, lembra que até mesmo as estrelas podem ser cadentes.
Se procuras, e tens a impressão de que não encontrarás o que buscas, lembra que mesmo que o dia esteja nublado, e não consigas ver o sol, ele está lá sob as nuvens, e com certeza a qualquer momento voltará a brilhar.
Se pensas ser praticamente impossível recomeçar, pensa que o dia recomeça em cada aurora; a lua nova voltará sempre a ser lua cheia; o fruto chega com a saída da flor e a lagarta dá lugar à borboleta.
As dificuldades existem para refletirmos sobre aquilo que é mais importante, e que sem percebermos, estamos a deixar de lado, a não reparar.
Acendemos a luz no escuro, para melhor enxergarmos e efetuarmos a contento o que estamos pretendendo. As necessidades existem para nos fazer perceber que estamos a desmerecer valiosas soluções, geralmente ignoradas ou subestimadas pela rotina e repetição do dia-a-dia.
A falta d'água é que nos faz valorizar o banho e nosso corpo limpo e cheiroso. A chuva é que nos faz enxergar o valor de um dia de sol, em que possamos numa praia passear. O silêncio do amante, é que nos faz valorizar o som de sua voz e até a sua presença. A chegada do final-de-semana, nos lembra com alegria o fim de uma jornada de trabalho, que nos premia com a segurança, com a autonomia.
A dor do parto culmina com a redenção da chegada de nosso rebento. O ano quando acaba traz com a chegada do outro ano, a esperança de dias melhores, só não pode garantir também chegar completamente diferente do ano que acabou, pois o sol vai continuar a brilhar e sob as nuvens se esconder; as borboletas das lagartas nascer; os bebês quando chegarem, com dor ou sem dor, vão continuar a trazer alegria às suas mães.
A lágrima que é derramada pela perda, é a mesma derramada pela alegria da chegada; pelo desejo satisfeito; pelo objetivo alcançado; pelo amor declarado.
Sendo assim, vale lembrar as palavras do poeta: "tudo vale a pena, se a alma não é pequena".