Promessa a Santo Antônio
Tiquinho desde pequeno, acompanhava as travessuras dos seus três irmãos mais velhos.
Às vezes, precisava ajudá-los a fechar no curral, o cavalo velhaco que vinha soprando até junto da porteira e depois voltava até ao fim do pasto , correndo e esvoaçando a crina.
Cansados da correria, lembravam da promessinha a Santo Antônio, O Protetor dos Perdidos.
__ Vamos dar um cruzeiro ao nosso santinho que ele traz esse cavalo no curral - dizia Zizinha.
__ Eu não tenho dinheiro, sua boba - retrucava Vadinho, já sem paciência.
__ Zizinha, quando o papai lhe der dinheiro para comprar balinha, você não compra e paga o Santo - dizia Nezinho.
__ Deixa comigo - repetia a irmã já decidida - Quando a mamãe for à igreja eu coloco o dinheiro no cofre de Todos os Santos, certamente Santo Antônio saberá que é dele.
__ Boa idéia! - Gritavam todos.
E assim, sempre bem sucedidos, foram crescendo juntamente com as promessinhas. Estudaram na fazenda onde a mãe era a professora, mas logo mudaram para a cidade para a continuação dos estudos. Moravam numa casa pequena onde todos eram chefes e subordinados ao mesmo tempo. A casa vivia cheia de colegas. As consequências não tardaram . De vez em quando desaparecia um objeto qualquer: Um calçado novo, uma máquina fotográfica e lá um dia, o dinheiro deixado pelo pai para o pagamento das despesas. Zizinha, procurou por toda parte e nada!
Em apuros, tentou descobrir entre os irmãos, o culpado. Nada conseguiu.
Tiquinho, inconformado com a situação, foi à casa da lavadeira confidenciar com ela o que estava acontecendo. Cida então aconselhou:
__ Tiquinho, fale para Zizinha fazer uma promessa a Santo Antônio, que ela encontra o dinheiro.
Tiquinho pensou, pensou e respondeu:
__ Cida, Santo Antônio não vai atender, não! A Zizinha já deve tanto pra ele!...
Águeda Mendes da Silva
Tiquinho desde pequeno, acompanhava as travessuras dos seus três irmãos mais velhos.
Às vezes, precisava ajudá-los a fechar no curral, o cavalo velhaco que vinha soprando até junto da porteira e depois voltava até ao fim do pasto , correndo e esvoaçando a crina.
Cansados da correria, lembravam da promessinha a Santo Antônio, O Protetor dos Perdidos.
__ Vamos dar um cruzeiro ao nosso santinho que ele traz esse cavalo no curral - dizia Zizinha.
__ Eu não tenho dinheiro, sua boba - retrucava Vadinho, já sem paciência.
__ Zizinha, quando o papai lhe der dinheiro para comprar balinha, você não compra e paga o Santo - dizia Nezinho.
__ Deixa comigo - repetia a irmã já decidida - Quando a mamãe for à igreja eu coloco o dinheiro no cofre de Todos os Santos, certamente Santo Antônio saberá que é dele.
__ Boa idéia! - Gritavam todos.
E assim, sempre bem sucedidos, foram crescendo juntamente com as promessinhas. Estudaram na fazenda onde a mãe era a professora, mas logo mudaram para a cidade para a continuação dos estudos. Moravam numa casa pequena onde todos eram chefes e subordinados ao mesmo tempo. A casa vivia cheia de colegas. As consequências não tardaram . De vez em quando desaparecia um objeto qualquer: Um calçado novo, uma máquina fotográfica e lá um dia, o dinheiro deixado pelo pai para o pagamento das despesas. Zizinha, procurou por toda parte e nada!
Em apuros, tentou descobrir entre os irmãos, o culpado. Nada conseguiu.
Tiquinho, inconformado com a situação, foi à casa da lavadeira confidenciar com ela o que estava acontecendo. Cida então aconselhou:
__ Tiquinho, fale para Zizinha fazer uma promessa a Santo Antônio, que ela encontra o dinheiro.
Tiquinho pensou, pensou e respondeu:
__ Cida, Santo Antônio não vai atender, não! A Zizinha já deve tanto pra ele!...
Águeda Mendes da Silva