Pequenas Crônicas - Devaneio Matinal
2 de Agosto de 2009
Ontem – ou talvez fosse melhor dizer hoje – eram já seis horas da madrugada e eu ainda acordado, lendo Mário Quintana. Decido que meu dia está finalmente encerrado, decido finalmente repousar meu corpo cansado. Marco a página do livro com uma moeda de dez centavos, pouso minha cabeça no travesseiro e me recolho para meu cobertor pulguento. Acabo tendo alguns minutos de insônia e vou dormir apenas lá pras sete. Nessa hora meus pensamentos me despertam... quando estava finalmente quase conseguindo dormir, e percebo que os primeiros sons do “novo dia” – que pra mim já não tem nada de novo – são os cantos dos pardais vizinhos: “Os pardais são os despertadores de Deus...”.
Por fim os cantos amigos começam a me deixar sonolento e novamente Morpheu decide jogar sobre mim seu eterno manto ao qual deixo mais uma vez esse mundo e adentro o sonhar, mas ainda pensando: “...tais aves também são o sonífero dos insones”.