ESTRANGEIRISMO NA NOSSA LÍNGUA(Gramática)
ESTRANGEIRISMO NA NOSSA LÍNGUA(Gramática)
BRINCANDO COM A GRAMÁTICA
Estrangeirismos são palavras, expressões ou frases estrangeiras empregadas indevidamente em nossa língua. Conforme procedência, dividem-se em:francesismos ou galicismos, anglicismos, italianismos, castelhanismos ou espanholismos, etc.Vejamos alguns exemplos:
Francesismos: ( “blague”/ caçoada)-(“charge”/caricatura)-(“chance”/oportunidade)-(“debacle”/derrota,fracasso)-(“fez ele”/ disse ele) - (“gafe”/engano)-(“revanche”/desforra);
Italianismos: (“chegar justo na hora”/chegar bem na hora)-(“entrar de sócio”/entrar como sócio)–(“somos em cinco”/somos cinco)-(“jogar de goleiro”/jogar como goleiro)-(“namorar com a Carmela”/Namorar a Carmela) (“repetir de ano”/ repetir o ano);
Castelhanismo: (“aficcionado”/admirador)–(“resultar bom”/tornar-se bom);
Para falar sobre o anglicismo, primeiramente falareI sobre o esporte bretão, que é a maior paixão do mundo esportivo hoje e também a maior fonte de corrupção. Basta analisarmos os recentes escândalos envolvendo FIFA e demais federações nacionais de alguns paises.
Em 1681, na Inglaterra houve uma disputa de uma partida entre os servos do Rei Carlos II e os do Conde d’albemarie, vestidos com indumentárias feitas com as cores de seus amos. O Rei assistiu à partida e deu recompensas aos vencedores ( o time do Conde). Surgiu aí o moderno futebol.
Em quase todos os países a palavra originária(foot-ball) foi nacionalizada. Cito algumas federações filiadas à FIFA que nacionalizaram o futebol para o seu idioma:
Suíça, Alemanha e Áustria (Fus-ball) ; Espanha(ballompié); Itália(gioco del cálcio);Grécia(podosferiki); na antiga Thecoslováquia (foot-ballavá); Holanda(voet-bal);Iuguslávia(nogometu); Dinamarca(boldspil ) Polônia(palolluto);Hungria(ladbagurok). Muitos países adotam até hoje o termo original inglês foot-ball.
Aqui no Brasil, a partir de 1920, houve uma campanha deflagrada pela, Associação dos Cronistas Esportivos de São Paulo para a nacionalização dos termos esportivos e foi desta campanha que se adotou a palavra futebol, uma simples brasileirização da original foot-ball e, que nesta linha de nacionalização, surgiram termos populares como,pelada,bába,prélio,contenda,disputa,tira-teima,camisa e sem camisa,casados e solteiros,racha,rachão etc. Nesta esteira de nacionalização dos termos esportivos algumas outras palavras também sofreram modificação na nossa língua. Exemplos:De basket-ball para basquetebol;de off-side para impedimento;de goal-keeper para goleiro;de corner para escanteio e assim sucessivamente.
Esta campanha da Associação dos Cronistas Esportista de São Paulo, infelizmente não foi seguida pelos demais seguimentos do Brasil, e, com isto, temos em nosso vocabulário coloquial e até oficial, uma quantidade enorme de estrangeirismo que acabam por nortear a nossa linguagem diária e de certa forma obrigatória, e quem não faz a leitura por esta cartilha de estrangeirismo,acaba ficando pelo meio do caminho. no que tange aos termos técnicos da indústria e da informática, que é uma febre do mundo moderno, notadamente. As empresas brasileiras se utilizam destes termos estrangeiros como por exemplo: Kick-off para o início de alguma projeto; turn-over para mencionar a rotatividade da mão de obra; brain-storm para um conjunto de idéias etc.etc.
Na verdade, alguns deputados até tentaram nadar contra esta maré de termos estrangeiros,com projetos de leis que visassem a nacionalização de muitas palavras estrangeiras,principalmente as veiculadas na mídia e nas placas de propaganda, mas jamais lograram êxito devido ao poder econômico ser mais forte.Teve até um deles que sugeriu substituir o dia das bruxas pelo dia do Saci Pererê para combater a tradição da América do Norte e criar a nossa tradição. Não passou de uma piada! Afinal de contas, vivemos em um mundo globalizado e não será possível fecharmos os olhos para esta nova cruzada cultural que atinge o planeta civilizdo na contemporaneidade, tornando assim muito difícil esta tarefa de protegermos a nossa língua pátria e suas origens.
É o que digo.
Pesquisado em:
Gramática Ilustrada de André Hildebrando
Regras de Futebol de Pedro Antunes.