A MINHA MÁQUINA DE COSTURA

Já se passaram anos.

Na época que casei sempre constavam nos itens de presentes: A máquina de costura.

Minha saudosa mãe deu-me uma da marca SINGER, top de linha, a mais bonita, na cor preta, com gravação em dourado, adquirida na Loja Singer na Rua Felipe Schmidt em Florianópolis, minha terra natal.

Foi bastante usada, pois com a chegada de meus filhos, constituía um utensílio de grande valia.

Nunca fui muito habilidosa com trabalhos manuais, mas naquela época não dispúnhamos com tanta facilidade, como hoje acontece com tudo que uma dona de casa pode dispor.

Encontram-se tudo pronto e ainda as noivas de hoje, podem contar com Chás de Panela, Chás de Bebê, tudo prontinho para serem consumidos.

A figura tradicional da mulher Amélia, caiu por terra. Estamos em pleno século XXI, convivendo e nos adaptando as mudanças que o mundo moderno oferece.

A imagem da mulher TRÊS B(Boa de cama, mesa e banho) RSS ainda continua firme, mas firmando-se ou demonstrando em tantas outras diversidades que são prazerosamente acompanhadas pelos maridos, companheiros ou amantes numa bela e harmônica vida conjugal, muitas vezes entre tapas e beijos, alegrias e tristezas, não perdendo seus valores, continuando os mesmos, como o foram desde o primeiro encontro.

E assim, continuamos firmes a caminhar pelas avenidas de nossa existência: semeando, e procurando colher tudo o que foi tão docemente plantado.

E a minha máquina de costura? Que me foi dada com tanto carinho?

Irá ter sim, um destino sublime. Farei a doação para uma entidade: Lar escola, onde será bastante utilizada, por mãos bondosas e caritativas na confecção de tudo que a entidade tanto necessita.

E assim, minha máquina de costura SINGER, terá o destino certo, útil e continuará a ser: SEMPRE LEMBRADA.