Queda
 
            Leu bem. Não é Al Quaida, ou semelhante. É queda mesmo, interna.
            Não estava contra a presidente Dilma, ao contrário. Seus pronunciamentos soavam verdadeiros e agradáveis.
            Mas o caso Palocci fez água. Os porões encheram, as bombas de sucção que não foram eficazes para dar fim a mais um escândalo petista. Dilma, na verdade, nunca foi do PT, era seguidora de Leonel Brizola. PDT de origem mudou para o partido dos atrapalhados não por gosto próprios, mas para servir ao presidente que arrasou o país. Foi um desgoverno exagerado, de homem pobre transformou-se em palestrante – que erro! – e está ganhando algum dinheiro a mais.
            É hora de perguntar-se novamente: o que tem Lula para anunciar ao mundo, se é um pasmo? No Brasil, tido como ídolo, no mundo civilizado como um palhaço metido em casos que não deveriam ser nem mesmo citados. O maior vexame foi no Irã. Trato firmado de que o problema nuclear com aquele país estava resolvido, quando ainda dentro do avião que o traria de volta, as autoridades iranianas anunciaram que continuariam beneficiando o urânio.
            Agora, o caso Palocci. Não entendi a causa da Procuradoria-Geral da República ter arquivado o processo, que ela mesma abriu com segurança. Fico a pensar que houve um acordo. Palocci disse que iria desistir do cargo, e a PGR, informada do fato, não quis prosseguir.
            Dilma, ao contrário do que eu estava começando a acreditar, escolheu mal e não tem pulso.
            Contrariando os princípios meus e de todos, sou obrigado a acreditar no dito “que saudades de Figueiredo e da gonorréia”.
            Triste, isto!
 
Jorge Cortás Sader Filho
Enviado por Jorge Cortás Sader Filho em 08/06/2011
Código do texto: T3022028
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