Como e por que
O que haverá mesmo entre o céu e a terra que tanto nos mobiliza? Que mistérios poderão dar sentido à vida? Perguntar a onde eles se escondem talvez não seja apropriado considerando que nós é que seríamos limitados para percebê-los. Uma plêiade de ramificações filosóficas disseca linhas de pensamentos com a coerência que o limite do homem alcança, porém permanece o anseio da esmagadora maioria dos próprios adeptos. Esse querer esclarecer para os outros pode ser, em muitos casos, responder ou explicar para si mesmo perguntas sobre o etéreo que permanecem desafiando os céticos. O cristianismo, o Islamismo, o Espiritismo, a Parapsicologia e demais correntes de crenças esforçam-se para convencer seus propensos integrantes da veracidade de seus dogmas, do fundamento verossímil de suas doutrinas e das experiências comprovadas de suas pesquisas sem, no entanto, conseguirem uma concretude palpável, física. Por mais que essa prova material e inquestionável não seja obtida (e talvez por isso mesmo) as pessoas permanecem reféns de sua sensibilidade, por assim dizer, atrofiada diante desse clima de existências não reveladas. É pitoresco observar o engajamento dos seguidores de certas crenças; o quanto eles se mobilizam e se travestem do que absorveram com uma dedicação comovente. São lastimáveis as ocorrências de fanatismo que alija, cerceia e até brutaliza quem poderia enriquecer os pensamentos com a abertura generosa de suas experiências. Estou sendo abrangente e vago falando do etéreo ao invés de ser específico porque, aparentemente, quando tivermos prova contundente de uma coisa do gênero as outras obterão o seu precedente afim e será menos difícil falar a respeito. Creio que há sim alguma coisa. Que permeia a nossa existência e eventualmente interage, porém estou longe de saber como e por que.