Texto para um dia no passeio público. (Rascunho)

            E caminhava, caminhava... Sem destino e sem migalhas para não saber voltar. Calçadas antigas, pedras novas e obstáculos que passava ao lado. Não saltava, não calculava ou sequer planejava. De lágrima em lágrima, seguia o rumo nas passadas firmes dos seus sorrisos tristes que passeavam nos pensamentos em busca ao olhar racional para tantas coisas.

            E na procura se desvinculou do que tinha. Certo ou não do que fazia, sem despedidas, de tudo partia. Guiado pelos pés, que soluçavam para que fosse, seguia.  O que o faria voltar em nenhum pensamento via.  Cansado, de sua imagem em PLONGEE – da fotografia entre  transes psicológicos de sua impotência e fragilidade - desistia de permanecer diminuído e dali, em sua mente em close, renascia.

            E, ajudado pelo cansaço, dormiu em paz. Triste como era para ser, mas aliviado por decidir. Certo de que por tristeza não iria morrer e por acreditar que dias melhores  sempre estariam por vir. Ao imaginar o tropeço que faria os seus passos sorrir queria apenas, quando acordar, sentir seus olhos abrir sem ter que suportar todo o peso do seu corpo. Desejava sentir  dores nos pés ao caminhar.


OBS - Amigos leitores, desculpem-me, acho que não sou mais o mesmo.

Alexandre Menezes
Alexandre Menezes
Enviado por Alexandre Menezes em 07/06/2011
Reeditado em 08/06/2011
Código do texto: T3019072
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