Malícia II

Se a energia da malícia contida na sua língua

pudesse ser usada para fazer poesia,

seus versos seriam dos versos,

os mais belos;

e não esse rio de fofoca

que desenboca

no ouvido do outro que compartilha contigo

os daninhos de falar mal de alguém

que nem esta presente para se defender do delito.

Cuidado com a malícia,

amiga nossa, inimiga íntima

de quem deseja se curar

dos danos gerados por vidas de disamor.

Uma palavra venenosa em relação ao outro

pode provocar incêndios,

destruir reinos,

E soterrar os jardins que você vem criando.

Contenha o demônio que mora na palavra maldita...