NO CALOR DA LAREIRA
 




 
O frio chegou. Acendemos a lareira e eu me sentei diante do computador, aproveitando o calorzinho gostoso que logo se espalhou pelo ambiente. Achei que seria capaz de escrever algo interessante, talvez um texto romântico... Doce ilusão.  Levantei-me inúmeras vezes para ajeitar os galhos secos que lá estavam e atiçar o fogo. Não consegui desviar os olhos das belas chamas. Acompanhando seu movimento, meus pensamentos se perdiam ora em lembranças, ora em indagações. Lembrei dos fogões de lenha de outrora, das imensas fogueiras das festas juninas da minha infância. Das noites geladas em que enrolados em mantas ficávamos à volta de uma fogueira ouvindo alguém tocar acordeon, lá na fazenda...
 
Sabemos que o fogo nos ajuda a viver, pois graças a ele cozinhamos nossos alimentos, que antigamente muito contribuiu para a iluminação, para o aquecimento das casas e da água para os banhos, para a movimentação de locomotivas, para a transformação de materiais e tantas outras utilidades. No entanto, sabemos também que ele pode se alastrar com incrível rapidez e esturricar o que encontrar pela frente, causando total destruição.
 

Em sentido figurado fogo é calor, é vida, é amor, é paixão. Será por isso que suas chamas nos atraem tanto? Será pela força de seus movimentos ou apenas pela beleza de suas cores, apresentando-se ora bem vermelho, ora amarelado ou azulado?







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