O MAL TEM PREÇO...

Disse Kant, insatisfeito com suas verdades: “Duas coisas me enchem de admiração e estarrecimento crescentes e constantes, quanto mais tempo e mais sinceramente fico refletindo acerca delas: os céus estrelados lá fora e a Lei Moral aqui dentro”. Era a usina de seu pensamento a mostrar a presença de Deus.

Ninguém nasce sozinho, mas do ventre da mãe, que ampara o feto se está sozinha, como faz a índia de cócoras.

Muita gente vive sozinha a vida, deserdação da sorte ou opção, como monges em claustros e anacoretas nas cavernas.

Mas muitos morrem sozinhos, sem ninguém para estender a mão na subida da montanha, em UTIS ou abandonados por seus próximos de alguma forma.

Duas vidas, uma chegada assistida, sempre, corporal, carnal, memorial. Uma partida muitas vezes só, espiritual, imemorial. Uma chegada desconhecida após a partida, conhecida somente para quem parte, para o desconhecido.

Quanto mais corruptos se tornam os homens mais difícil se torna usufruir o deleite da vida. Muitos podem achar enganoso o conceito; não o é. A partida é também só de sombras para os que não foram luz e fizeram de outras vidas, sombras.

Grandes e medianos cérebros, muitos desconhecidos, transitaram entre nós. Não pensaram em si, mas na ordem geral, nem mesmo sabem suas grandezas, por vezes. Não têm os que vivem para esse fim, consciência para entregarem seus egos a pequenos propósitos,vaidades.

Não estão e nunca estiveram disponíveis para inferioridades, antes as combatem.

Não se mata a inocência em vão, não se desencaminha sem expiar, não se mata sem sofrer, não se dimunui sem decrescer, não se decreta a falácia sem descer ao fosso da mentira. Cada passo é medido, cada pensamento avaliado, cada gesto pesado.

Ninguém abate o bem impunemente, ninguém manipula genocídios de cidadania sem pagar o preço da história e dos espaços do Senhor dos Tempos.

O CÉU ESTRELADO E A LEI MORAL SÃO AFINS, ASSIM AUTENTICARAM AS GRANDES INTELIGÊNCIAS.