O NÃO
Não é o contrário de sim. Sim é uma palavrinha simpática, que soa agradável aos ouvidos. O não, não. O não carrega o estígma das coisas proibidas, talvez porque está encalcada no recôndito do cérebro, resultado dos tempos da infância. Se formos contar, a criança ouve dezenas de nãos por dia. Não pegue isso, não toque naquilo, não olhe, não vai, não come, não, não, não!
A finalidade do não até que é benéfica. Mas a maneira como é dita, muitas vezes, assume um poder maldito e assustador para a criança. De tal forma que, adulta, o não recalcado assume a forma fantasmagórica que desequilibra a personalidade.
O não tem várias formas:
- o não "anão", pequenininho, não chega a deixar mazelas, mas, desprovido de força, nem sempre atinge o alvo;
- o não "NÃO", grandão, gigante e avassalador. Desnuca num só golpe, derrubando a criança, tornando-a um ser medroso e sem coragem, muitas vezes, de tentar iniciativas com receio de uma negação.
- o não "equilibrista", explicado, com os motivos especificados pelos responsáveis pela criança. É o não dialogado, é o remédio que impõe limites, ao mesmo tempo em que dá a medida certa do "certo e do errado". Este forma, equilibra, prepara para os nãos da vida adulta.
Tema para casa (rsrsrs!) - RESPONDA: qual "não" tu usas para com teus filhos, com teus alunos, com as crianças que, de alguma forma, dependem e convivem contigo?