ECOLOGIA - A Natureza Pede Socorro - 05 de Junho Dia Mundial do Meio Ambiente



Nada para ser comemorado, nada para ser festejado.
 
O momento é de alerta...

Matas, rios, terra, ar...

O meio ambiente está entrando em estado de choque.

No dia 05 de junho, quando acontece o Dia Mundial do Meio Ambiente, resta a frágil esperança de que num breve espaço de tempo a sociedade como um todo, ouça o clamor da Natureza...

Os rios estão morrendo, afogados em agrotóxicos, poluição, descarte de dejetos de toda espécie.... Tietê, Tamanduateí, Piracicaba...
 
O Amazonas, que há anos enfrenta a ação dos depredadores, já demonstra   no leito e na vegetação próxima sinais de destruição; clareiras vistas do alto indicam morte da floresta.
 
E não existe uma legislação eficaz que proteja este santuário sagrado.
 
Tudo fica no papel, e a devastação caminha a passos largos...

Nos mares, por acidente ou negligência, milhares de poluentes são despejados dentre eles resíduos de agrotóxicos, óleos, esgotos, desastres ambientais, como vazamento de grandes proporções o que provoca a morte dos peixes e demais espécies aquáticas....
 
O céu está mudando de cor...

Do azul-anil está se tornando cinza, opaco, sem vida...

E o progresso, como uma engrenagem em evolução constante, não mede  as conseqüências. 
 
Em outras palavras, não raras vezes em detrimento ao capital a proteção do meio ambiente fica para último plano.
 
Não existe acordo para que o desenvolvimento caminhe em harmonia com a Natureza.

Consumismo, irresponsabilidade, inconsequência?

Como podemos catalogar este “quadro negro”.

Quando morre o meio ambiente a vida perece.

Vegetação, Peixes, Animais e o Homem...
 
Este não percebe que nessa conduta desenfreada, está cava a própria sepultura...

A Mata pede proteção, os rios e os mares aos soluços, aguardam o despertar da consciência do homem, para que possam sobreviver e continuar alimentando a humanidade.
 
A terra, intoxicada pela poluição de todas as origens, luta em desespero para recobrar a vitalidade...
 
O ar pesado, contaminado pela fumaça das chaminés, envenenado pelo progresso inconsequente, aguarda a ação do homem, para dar à humanidade condições de sobrevivência.

A Natureza está de luto, sua roupagem é tétrica, negra, apática...

No despertar da consciência da humanidade, a harmonia será restaurada, a vida brotará por entre as cinzas do desespero.
 
E pela ação do mesmo homem que provocou este estado, surgirá uma reversão.
 
Aí, quem sabe, num breve espaço de tempo, o homem viverá mais feliz e a natureza, o meio ambiente, despojados do luto imposto pelo descaso se apresentarão num verde magistral, o verde da
 
VIDA! ( Ana Maria Stoppa)
 
 
( Escrito  em 1989. Republicado dada a relevância do tema. Decorridas mais de duas décadas, pouca coisa mudou)




Agradeço a honrosa interação recebida via e-mail do poeta Fernando Freire, Recife/PE

Verdes galhos
Verdes gaios
Ver galhos
Vergalhos

Verde-mar
Ver demais
Ver o mar
Ver amar

Verde-muro
Verde-claro
Verde escuro

Verdor
Ver a dor

Vede o alerta
Como comoverdes?
(Fernando Freire)




Agradeço a  majestosa interação da querida poetisa Maria Letra:



ENTRE TUDO E TODOS DE UM TODO
 
Do nada se formou, um dia, um todo,                                
todo esse, onde tudo era perfeito, 
no seu  todo, sem defeito.
Mas esse tudo, passou a ser quase tudo
porque,  tempos depois, se verificou…
que era no quase, do tudo,
que existia um problema.
Havia alguns, dos todos daquele todo,
que queriam destruir o ecossistema
do todo, desenvolvendo métodos,
que dariam para destruir tudo e todos.
Alguns, dos todos
que faziam parte daquele todo,
queriam um paraíso só p’ra si.
Se todos fossem de bom jeito,
no todo, tudo seria quase perfeito.
Todos, naquele todo, estariam bem.
O todo, sem o quase, seria soberbo.
Mas aquele quase, naqueles todos,
que dizia seguir o verbo,
foi abalado por alguns,  
que querem dar cabo de tudo.
Isso está já acontecendo.
Mas podem crer: é horrendo!
Os quase dos todos, estão destruindo
Muito do que resta do nosso todo,
porque muitos caíram no engôdo.
Esses quase todos, do todo,
ora se fazem amigos dos outros todos,
p’ra conquistar posição e dar cabo de tudo,
ora se mostram um grupo cruel
e prejudicam tudo e todos,
fazendo um todo amargo como o fel.
Malditos os quase, dos todos,
que tentam destruir o quase, do todo,
que fará tudo ficar muito mal.
Depois, se atacarem tudo e todos,
o resultado será fatal.
E quando o resto dos todos, do todo, acordarem,
não verão mais nada do tudo
que era lindo, neste todo.
 
Maria Letra
Junho de 2011
Ana Stoppa
Enviado por Ana Stoppa em 04/06/2011
Reeditado em 28/05/2012
Código do texto: T3014328
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