NO PALCO DA VIDA (BVIW)

Chegou a hora! Tenho que ir? Não quero ir! Meu coraçãozinho bate violentamente pelo receio de enfrentar um mundo estranho. Reúno minhas pequenas forças e luto. Está tão quentinho no útero da minha mãe! Mas ela insiste, o médico insiste e a vida me puxa para fora. Botei o pé, ou melhor, a cara, no palco da vida... Meu primeiro berro... é um monólogo? Que nada! A platéia que me esperava ansiosamente, interagiu na hora! Nascer é mergulhar no turbilhão dos aplausos e na luz dos holofotes. Naquele momento eu era a estrela principal.

Mas o mundo foi rodando, o espetáculo foi mudando, o palco da minha vida sofreu alterações. Outros convívios, novas caras, gente amiga, enganos, tropeços, lágrimas, tentações. Sozinha no palco eu me vi em vários atos que me pareciam intermináveis. Onde os aplausos? Monólogo sem platéia, infinito e doloroso. E, a cada ato solitário, fui me convencendo que os momentos de sofrimento são sempre instantes em que somos deixados sozinhos, para que possamos descobrir-nos. Mas a dor me fez crescer e, de monólogo em monólogo, eu percebi que o importante, no palco da vida, não é ser importante. O importante é ser bom. De atriz principal, me tornei coadjuvante.

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* Esta crônica tem dois significados importantes:

_ Comemora meu texto de nº 700;

_ Representa mais um OURO no BVIWtecendoletras.

* Eu a ofereço, como agradecimento, a todos vocês

que sempre me prestigiam com leituras e comentários.

* Muito obrigada! E um convite: visitem o blog da

Marília Paixão. Está uma delícia!

### Feliz, agradeço ao meu querido amigo e cordelista Jerson Brito:

P ela marca conseguida

A qui posto a deferência

R essaltando a competência

A miga muito querida

B elas são as criações

É notório seu esmero

N o presente preito quero

S ublimar tais construções

G randiosa em poesia

I rretocável cronista

U ma preciosa artista

S eu primor nos agracia

T enho orgulho de exaltar

I ncríveis centenas: sete

N ão duvido que promete

A tingir logo o milhar.

***** Olá, Giustina. Com esse acróstico, trago minhas felicitações pelos setecentos textos. Que venham outros tantos. Fraternal abraço.

Giustina
Enviado por Giustina em 04/06/2011
Reeditado em 15/07/2014
Código do texto: T3013159
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