Oportunidades iguais
No capitalismo liberal não valemos pelo que somos, e sim valemos pelo que produzimos de retorno em bens e serviços. Produção esta que proverá retorno financeiro ao capital investido.
...
No capitalismo liberal o poder financeiro é quase que absoluto, não obstante a máscara de oportunidades iguais para todos.
É brincadeira falar de oportunidades iguais, quando social, cultural e pessoalmente somos tão diferentes. Quando a sociedade naturalmente segrega uma enorme parte da população como se párias fossem.
Dar oportunidades iguais para os filhos de grandes empresários, e para os filhos de nosso povo sofrido que sequer possuem pais com empregos formais, e que vivem a margem de nossa sociedade é brincadeira de muito mal gosto. É fazer jogo de palavras com a ingenuidade alheia.
Os primeiros gozam das facilidades que o capital provê: Ótimas escolas, ótimas faculdades, capacidade de prosseguir seus estudos no exterior, envolvimento cultural aprimorado, lazer de alto nível, alimentação e saúde bem equilibradas, conhecimentos facilitados junto a demais grandes empresários e facilidades de acesso a créditos e investimentos fazem deste grupo uma elite social onde a igualdade é de interesse próprio.
Os segundos, do outro lado da balança, mal tem acesso a serviço de saúde e segurança, possuem alimentação (quando conseguem) de má qualidade nutricional, praticamente nenhum aceso a movimentos culturais. Neste grupo estão os pais que por si só são incapazes de participar ativamente da educação, instrução e aculturamento de seus filhos, simplesmente porque não possuem instrução, educação e cultura que possam repassar aos seus rebentos.
O estado por outro lada cada vez mais faz das escolas publicas um grande repositório de crianças, com a quase única idéia de liberar a mão de obra barata dos pais e mães para produzir a custo irrisório.
Por favor não é uma critica aos professores. Estes são em geral abnegados profissionais que se esforçam alem de suas forças tentando prover não só instrução, mas mesmo educação, carinho, afeto e respeito a estas crianças e jovens. Me revolto sim contra a estrutura educacional imposta pelos governantes que não prezam por uma educação séria e comprometida. Não chego a me revoltar, mas fico um pouco chateado também com os diretores destas escolas, posto que representando o estado dizem amem a estas mazelas. Se nenhum professor, ou nenhum brasileiro aceitasse assumir a direção destas escolas enquanto não houver um movimento verdadeiro de melhora da educação publica, os governantes se veriam obrigados, mesmo que por pura pressão a rever o estado atual da educação brasileira.
Sinceramente, falar de oportunidades iguais para seres humanos tão díspares em preparo é de uma falácia que me revolta.
Direitos iguais sim, mas oportunidades logicamente diferenciadas para diferenciados níveis de preparo, provendo a mínima chance dos menos favorecidos de concorrerem, assim, às mesmas oportunidades físicas. Facilidades de acesso aos mais pobres, independente de raça, cor, credo ou qualquer outra segregação. Aos mais pobres, maiores oportunidades de aprender, crescer e se empregar em cargos e posições normalmente ocupados pelas classes mais abastadas de nossa sociedade.
Somos iguais em essência, somos animais humanos, somos seres sociais, nossa população mais sofrida não quer somente caridade, quer oportunidades sérias de obter instrução, de conseguir maior cultura geral, maior educação, podendo assim crescer profissionalmente e ter direito a uma vida humana digna e socialmente equilibrada.
No capitalismo liberal não valemos pelo que somos, e sim valemos pelo que produzimos de retorno em bens e serviços. Produção esta que proverá retorno financeiro ao capital investido.
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No capitalismo liberal o poder financeiro é quase que absoluto, não obstante a máscara de oportunidades iguais para todos.
É brincadeira falar de oportunidades iguais, quando social, cultural e pessoalmente somos tão diferentes. Quando a sociedade naturalmente segrega uma enorme parte da população como se párias fossem.
Dar oportunidades iguais para os filhos de grandes empresários, e para os filhos de nosso povo sofrido que sequer possuem pais com empregos formais, e que vivem a margem de nossa sociedade é brincadeira de muito mal gosto. É fazer jogo de palavras com a ingenuidade alheia.
Os primeiros gozam das facilidades que o capital provê: Ótimas escolas, ótimas faculdades, capacidade de prosseguir seus estudos no exterior, envolvimento cultural aprimorado, lazer de alto nível, alimentação e saúde bem equilibradas, conhecimentos facilitados junto a demais grandes empresários e facilidades de acesso a créditos e investimentos fazem deste grupo uma elite social onde a igualdade é de interesse próprio.
Os segundos, do outro lado da balança, mal tem acesso a serviço de saúde e segurança, possuem alimentação (quando conseguem) de má qualidade nutricional, praticamente nenhum aceso a movimentos culturais. Neste grupo estão os pais que por si só são incapazes de participar ativamente da educação, instrução e aculturamento de seus filhos, simplesmente porque não possuem instrução, educação e cultura que possam repassar aos seus rebentos.
O estado por outro lada cada vez mais faz das escolas publicas um grande repositório de crianças, com a quase única idéia de liberar a mão de obra barata dos pais e mães para produzir a custo irrisório.
Por favor não é uma critica aos professores. Estes são em geral abnegados profissionais que se esforçam alem de suas forças tentando prover não só instrução, mas mesmo educação, carinho, afeto e respeito a estas crianças e jovens. Me revolto sim contra a estrutura educacional imposta pelos governantes que não prezam por uma educação séria e comprometida. Não chego a me revoltar, mas fico um pouco chateado também com os diretores destas escolas, posto que representando o estado dizem amem a estas mazelas. Se nenhum professor, ou nenhum brasileiro aceitasse assumir a direção destas escolas enquanto não houver um movimento verdadeiro de melhora da educação publica, os governantes se veriam obrigados, mesmo que por pura pressão a rever o estado atual da educação brasileira.
Sinceramente, falar de oportunidades iguais para seres humanos tão díspares em preparo é de uma falácia que me revolta.
Direitos iguais sim, mas oportunidades logicamente diferenciadas para diferenciados níveis de preparo, provendo a mínima chance dos menos favorecidos de concorrerem, assim, às mesmas oportunidades físicas. Facilidades de acesso aos mais pobres, independente de raça, cor, credo ou qualquer outra segregação. Aos mais pobres, maiores oportunidades de aprender, crescer e se empregar em cargos e posições normalmente ocupados pelas classes mais abastadas de nossa sociedade.
Somos iguais em essência, somos animais humanos, somos seres sociais, nossa população mais sofrida não quer somente caridade, quer oportunidades sérias de obter instrução, de conseguir maior cultura geral, maior educação, podendo assim crescer profissionalmente e ter direito a uma vida humana digna e socialmente equilibrada.