Errado ou certo II
O Poeta melhora o Homem!
Não se sabe ao certo, se tudo era feito de maneira certa e por alguma questão de desacerto se errou, ou se depois de muito errar, descobriu-se maneiras certas ou menos erradas de fazer da forma certa o que é certo. Tudo isso começou longe, muito longe, distante ainda de alguma certeza, sabe-se lá no começo do mundo, ou para que esse pudesse começar de uma forma certa. As divergências também começaram por aí, nenhum queria ser o errado (certo), mesmo não sabendo do que se tratava ao certo, assolava-os a duvida, ser certo poderia algum dia ser algo ruim e quem sabe ser errado não pudesse ser mais vantajoso? Supunha-se ser errado tudo que se afastasse do certo, mesmo que ligeiramente, começou aí então a longa caminhada e antes que se descobrisse, ou que se pudesse inventar qualquer coisa, o homem criou o muro, pretendendo com isso sentir-se seguro, pelo menos enquanto lá em cima estivesse. A história seguiu, sendo contada em histórias e estórias e evoluindo o homem foi descobrindo e inventando coisas, de maneira errada, tropeçando descobriu a pedra, mais tarde descobriu uma maneira de polir, também descobriu que é errado botar a mão no fogo, descobriu que era mais sutil usar uma faca, que rasgar com os dentes, (através de manuais de etiquetas, fazer a coisa certa, encontradas em cavernas de Neandertais) em sua linguagem de símbolos. Seguiu o homem nessa escalada errando talvez mais que acertando. Os símbolos foram dando lugar a outras formas, vieram os hieróglifos, as escritas cuneiformes, não sei se essa é a ordem certa, mas tudo consta da história, as primeiras manifestações de internet através dos sinais de fumaça, só que tudo isso era muito isolado e restrito a algumas regiões e tribos. E entre quedas de Constantinopla e outras, passando muito tempo depois por Tegucigalpa. Caminhou o homem e nesse processo traduzidos por mandamentos que nunca foram respeitados, bíblias que poucos entenderam por ser tão metafórica e também por contrariar interesses, assim como outros processos de aprendizados e evolução. Nas guerras e revoluções o homem pouco aprendeu que o levasse ao caminho certo, precisava o homem de uma linguagem universal e o fez de maneira acertada através das cores, umas traduziam alegrias, outras, somente permissão. Depois das cores serem aplicadas em diversas áreas e pelas mais diversas razões, chegamos aos semáforos, também chamadas de sinaleiras em algum lugar do mundo. Da verde que simboliza vida, nos concede passagem, é nosso livre arbítrio. A amarela que nos pede atenção para responsabilidade que temos de saber fazer uso correto da verde, parados então na vermelha que é o limite de nossa liberdade que nos concede aí sim evitar os erros! Traduzidos que são, pelos: Pare, Olhe, Perceba. Continuou o homem consolidando as comunicações e elas ficaram, cada vez mais rápidas e nos mais diversos processos e formas, hoje na era da internet polida e daí por diante, até um dia descobrirmos que veloz mesmo é o nosso pensamento e que ele também não causa nenhuma poluição. Pelo menos do ponto de vista físico, aí sim estaremos próximos da plenitude que é a do uso de nossa consciência e quem sabe aí poderemos diferenciar certo e errado.
Maurício Rodrigues