FUI CONVIDADA PRA FESTA, MAS NÃO VOU !
Olhei o calendário e vi que chegamos ao mês de junho, com isso já passamos metade desse 2011.
O tempo tem passado rápido demais, isso é queixa comum nos dias atuais. Ainda não cheguei a conclusão se os ponteiros dos relógios desregularam ou se somos nós, que atualmente corremos muito, sem ter tempo de ver o tempo passar.
O convite para a festa junina do condomínio já chegou, esse é um mês que se festeja os santos: Antonio, João e Pedro.
Tenho que confessar, que não vou a nenhuma delas a que sou convidada. Ah! Me perdoem mas já não se sabe fazer uma festa Junina.
Meus avós sim, sabiam como fazer uma! A simplicidade era o que tornava tudo tão gostoso e divertido.
A lenha para a fogueira, era colhida pelas matas que rodeavam nossas casas. E eram dispostas na única praça da vila, formando quando acesa, labaredas enormes, que pareciam dispostas a engolir quem delas se aproximasse muito.
O pinhão cozido na água e sal, no fogão a lenha, tinha aos montes na vila, já que morávamos em uma reserva florestal, o gengibre pra fazer o delicioso quentão, era plantado no nosso quintal.
Milho de pipoca, dava na roça do vizinho, e depois de debulhado era posto para secar ao sol. E não sobrava um piruá na panela sem estourar.
Batata doce, era doce de fato, e assada junto a fogueira, ficava uma iguaria.
Ah, esse povo de hoje, não conheceu uma verdadeira festa junina!
Inventam tanto, trazem dupla sertaneja famosa, barracas de tudo que é comida, e desvirtuam a beleza singela dessa festa.
Por isso prefiro ficar em casa olhando o céu estrelado nesse mês bonito que é o de junho. E nele viajo, ao encontro das festas juninas que meus avós faziam...