Crôniquinha 6 – Seu Joaquim, Quim, Quim...
Pensando bem o Sr. Joaquim, de quem falei na crônica anterior, aquele que era nosso vizinho quando eu era criança, não gostava de mim só porque o impedia de bater no seu cachorrinho Pierre, que o português chama de “péerre”.
Deve ser porque a calçada da casa dele era a única que era larga, com cimentado bem feito. E era lá que a criançada gostava de brincar.
Havia uma cantiga de roda, juro que não fui eu quem inventou. Era assim:
Seu Joaquim, Quim, Quim,
da perna torta dançando
a valsa com a Maricota.
Ó céus, eu muito desafinada, berrava aquela musiquinha sem fazer qualquer conexão com a perna claudicante do Sr. Joaquim – que zeus o tenha em bom lugar, e que por perto dele não aja crianças que o azucrinem as idéias; porque se houver ele certamente se lembrará de mim, e da Edna, que não diz nada, apesar de ler as minhas crônicas todos os dias.