O DETECTOR DE METAIS - 15 parágrafos


Ontem tive um dia atribulado!
Logo cedo ao entrar numa agência de um *banco, portando uma chave de afinar pianos, inocentemente fui atravessar a porta de segurança com detector de metais. Levei um baita susto quando repentinamente a porta estacou!
Imediatamente se apresentou um guarda da segurança, instruindo-me a deixar a ferramenta numa caixa apropriada para deixar metais, já que portando-a a porta não permitiria a minha passagem.

O Mais impressionante foi que a noite sonhei que me vi num lugar diferente. O ambiente era de indescritível aparência. Havia próximo de uma porta dourada e que parecia ser (assim como os portais) de ouro maciço, três moços, com roupas com o brilho da prata refinada. As paredes da sala em questão, eram de uma beleza que eu jamais vira. Pareciam ter vida, já que tinham a aparência de um lençol ondulante composto de pinturas clássicas de rara beleza.
Ao entrar no salão fui levado por um dos moços em direção à porta dourada, para entrar por ela em outro ambiente.
No meu entender ele iria abrir a porta para que eu entrasse, entretanto ao nos aproximar da mesma ela permaneceu fechada!
Com aquele fato o majestoso jovem disse-me:
-Você está portando algum objeto metálico, ó peregrino?
No momento me lembrei que levava no bolso uma colher que eu usava para comer meus alimentos onde chegasse.
-Ah! Tenho uma colher – falei para o vistoso jovem.
-Então despoja-te dela. No ambiente onde você vai viver não necessitarás desta ferramenta. Você a tem usado para comer alimentos diversos onde vivias, entretanto na sua nova existência serás alimentado diretamente com energia vitalícia, sem necessidade de processar alimentos corporais para viver.
-Caramba! Para onde está me levando? – perguntei impressionado.
-Você foi um dos escolhidos para viver no céu. Entretanto mesmo sendo um escolhido tens que se livrar das coisas que a porta detecta como contaminação.
-Ora! Uma simples colher poderá contaminar o lugar?
-Sim, caro peregrino. Essa colher representa simbolicamente uma portadora de toda sorte de comida que tens comido em sua existência terrena. Isso no ângulo da moral e espiritual. Na cidade para onde essa porta abre o caminho, não vai entrar nada daquilo que denigre a alma!
Foi assim, que ao me desfazer da colher, a porta se abriu, dando-me condições de entrar num mundo tão lindo e maravilhoso que não posso descrever com letras, mas apenas com sonhos e desejo de um dia ir para lá!
O lugar era um verdadeiro Céu!